quarta-feira, 6 de julho de 2011

A Virgindade Perpétua de Maria

Todos os cristãos crêem que Maria era virgem quando deu à luz a Jesus. "Mas Maria disse ao anjo: 'Como pode ser isso se não conheço varão?' E o anjo lhe respondeu: 'O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo te encobrirá. Então a criança que irá nascer será chamada santa, o Filho de Deus'" (Lucas 1,34-35).

Quando José ficou sabendo que Maria estava grávida, ele já era noivo dela, embora ainda não vivessem juntos. Ele quis romper o compromisso pois sabia que aquela criança não era sua.

"Enquanto assim decidia, eis que o Anjo do Senhor manifestou-se a ele em sonho, dizendo: 'José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo" (Mateus 1,20). Tudo isto foi previsto no Antigo Testamento e aconteceu para que se cumprissem as profecias dadas por Deus ao povo judeu: "Pois sabei que o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem concebeu e dará à luz um filho e pôr-lhe-á o nome de Emanuel" (Isaías 7,14).

O ensinamento da Bíblia sobre esta matéria é tão claro que todas as denominações cristãs concordam sobre a sua interpretação. Os católicos crêem que Maria permaneceu virgem e não teve outros filhos. Algumas denominações, porém, afirmam que Maria teve outros filhos. Elas dizem isto por causa que a Bíblia às vezes menciona os "irmãos do Senhor". Mas, nos tempos bíblicos, todos os membros da família, inclusive primos, eram considerados "irmãos". E também vemos que, na Bíblia, o termo "irmão" é várias vezes usado para se referir a pessoas que não são irmãos no mesmo sentido em que entendemos a palavra hoje. Eis alguns exemplos bíblicos:

? Gênese 14,14: "Quando Abrão soube que seu IRMÃO fora levado prisioneiro, fez sair seus aliados, seus familiares, em número de trezentos e dezoito, e deu perseguição até Dã".

O "irmão" em questão nesta passagem é Lot. Mas, era Lot irmão de Abrão? Não. Ele era o filho de Arão, irmão falecido de Abrão (v. Gênese 11,26-28). Portanto, Lot era sobrinho de Abrão.

? Gênese 29,15: "Então Labão disse a Jacó: 'Por seres meu IRMÃO, irás servir-me de graça? Indica-me qual deve ser teu salário".

Acaso era Labão irmão de Jacó? Não, ele era seu tio.

A explicação, então, é simples: não existe palavra hebraica ou aramaica para "parente". Os escritores teriam assim que usar os termos "irmão" ou "irmã", ou escrever "o filho da irmã do meu pai". É evidente que preferiam usar a palavra "irmão".

Assim voce vê que, em termos bíblicos, "irmão", "irmã" e "irmãos" pode significa parentes próximos, parentes de sangue ou até mesmo amigos íntimos como, por exemplo:

? 1Reis 9,13: "Ele disse: 'Que cidades são estas que me deste, meu irmão?' E deu-lhes o nome de 'terra de Cabul', que persiste até hoje".

? 2Samuel 1,26: "Tenho o coração apertado por tua causa, meu irmão Jônatas. Tu eras imensamente querido, a tua amizade me era mais cara do que o amor das mulheres".

Também pode significar um aliado:

? Amós 1,9: "Assim falou Javé: 'Pelos três crimes de Tiro, pelos quatro, não o revogarei! Porque entregaram populações inteiras de cativos a Edom e não se lembraram da aliança de irmãos'".

Alguns também vêem nas palavras: "José não conheceu Maria até o momento em que deu à luz a Jesus" um significado de que, após o nascimento de Jesus, ela teve relações com José. Contudo, na Bíblia, o termo "até que" simplesmente significa "o que se deu no passado" e não tem a mesma conotação que temos em português, significando "algo que aconteceu após". A Bíblia menciona uma mulher que não teve filhos até "o tempo de sua morte" (v. 2Samuel 6,23). Será, então, que produziu descendentes após sua morte?

Uma pesquisa cuidadosa no Novo Testamento nos mostrará que realmente existe um exagero de expressão se dissermos que Maria teve outros filhos:

Quando Jesus foi encontrado no templo, com a idade de 12 anos (Lucas 2,41-51), não se menciona a existência de outros filhos, embora toda a família tivesse peregrinado junto. O povo de Nazaré refere-se a Jesus como "o filho de Maria" (Marcos 6,3) e não como "um dos filhos de Maria". A expressão grega inplica que Ele era seu único filho. Na verdade, ninguém nos Evangelhos é chamado de filho de Maria, ainda quando são chamados de "irmãos do Senhor".

Existe ainda um outro ponto que requer uma compreensão da antiga cultura oriental. Em tal cultura, o termo "irmão" era usado para se referir aos mais velhos - parentes com mais idade cuja função era dar conselhos aos mais novos. Em João 7,3-4, encontramos os "irmãos" de Jesus aconselhando-o a deixar a Galiléia e ir para Judéia, para que seus discípulos pudessem ver as suas obras. Se os "irmãos" forem compreendidos neste sentido, conforme a cultura oriental, eles certamente seriam mais velhos que Jesus, o que elimina de vez a possibilidade de serem seus irmãos de fato, já que todos nós sabemos que Jesus era o filho primogênito de Maria.

Finalmente, devemos considerar o que aconteceu aos pés da Cruz (João 19,26-27). Se Tiago, José, Simão e Judas fossem mesmo irmãos de Jesus, porque Jesus fez vistas grossas a esse fato e confiou Sua mãe ao Seu discípulo João? O Evangelhos nos diz que "a partir dessa hora, o discípulo a recebeu em sua casa". Por que ela iria para a casa de um discípulo se ela tinha pelo menos mais quatro filhos?

 Maria, a Mãe de Deus

O fato de que Maria é a Mãe de Deus é meramente lógico:

Uma mulher que dá à luz a um filho é a mãe desse filho + Maria deu à luz a Jesus = Maria é a Mãe de Jesus

Maria é a mãe de Jesus + Jesus é Deus (é uma Pessoa Divina - 2ª Pessoa da Santíssima Trindade) = Maria é a Mãe de Deus

Ou, simplesmente, podemos ler na Bíblia:

? Lucas 1,42-43: "Com um grande grito, exclamou: 'Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre! Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite?'"

Agora, mais um pouco de lógica:
Maria é "a mãe do meu Senhor" + O Senhor é Deus = Maria é "a Mãe do meu Deus"

Para contradizer esta verdade é necessário afirmar que Jesus não é Deus ou dizer que Maria não deu à luz a Jesus. Algumas denominações protestantes evitam chamar Maria de Mãe de Deus porque eles acham que isso a coloca no mesmo nível de Deus [como se ela fosse uma deusa]. Ao invés, eles preferem dizer que ela era a mãe do "homem Jesus Cristo". Isto, porém, trai a verdade e coloca a teologia protestante num dualismo previsível. Cristo Jesus é UMA pessoa e não duas. Ele é UMA pessoa que possui duas naturezas: é inteiramente humano e inteiramente divino. As duas naturezas, contudo, são unidas em UMA só Pessoa. Podemos dizer que as nossas mães são mães da nossa "natureza"? Não, mas simplesmente dizemos que elas são nossas mães - de nós, como pessoas. Eu não estou dizendo que Maria gerou ou deu vida à natureza divina de nosso Senhor, uma vez que ele é UMA Pessoa e não duas. A Segunda Pessoa da Santíssima Trindade "se fez carne" - isto é o que chamamos de "encarnação" (do latim caro que signica carne. De onde ele obteve a carne? Se Jesus é Deus e Maria é Sua mãe, como é logicamente possível dizer que Maria não é a Mãe de Deus?

Fonte: http://www.portalcatolico.org.br/
Autor: Marissa
Site "The Bible Defends Catholic Church!"
Tradução: Carlos Martins Nabeto

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