segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O milagre que permitirá a beatificação de João Paulo II





14.01.2011 - Uma freira francesa curada do Mal de Parkinson.


CIDADE DO VATICANO - O cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, confirmou nesta sexta-feira (14/01) que o milagre reconhecido por Bento XVI como atribuído à intercessão de João Paulo II é a cura de uma religiosa francesa que sofria do Mal de Parkinson.

É o caso da irmã Marie Simon Pierre (cujo nome de batismo é Marie-Pierre), da Congregação das Irmãzinhas das Maternidades Católicas, nascida em 1961, em Rumilly-en-Cambrésis.

De acordo com o cardeal Amato, "a doença foi diagnosticada em 2001, pelo médico que a atendia e por outros especialistas. A religiosa recebeu os cuidados paliativos que, obviamente, mais que curá-la, apenas atenuavam parcialmente as dores".
  
“Com a notícia do falecimento do Papa Karol Wojtyla, que sofria da mesma doença, a Irmã Marie e as religiosas da congregação começaram a invocar o Pontífice para pedir a cura”, acrescentou o cardeal Amato. Em 2 de junho de 2005, cansada e oprimida pelas dores, a religiosa manifestou à superiora sua  intenção de renunciar ao trabalho profissional em uma maternidade de Paris.

No entanto, a superiora a convidou a confiar na intercessão de João Paulo II. Ao retirar-se, a freira passou uma noite tranquila. Quando acordou, no dia seguinte, sentiu-se curada. As dores desapareceram e ela deixou de sentir a rigidez nas articulações.

Era 3 de junho de 2005, festa do Sagrado Coração de Jesus - recorda o purpurado salesiano. Ela interrompeu   imediatamente o tratamento e procurou o médico que a atendia, quem não teve outra possibilidade a não ser constatar   a cura.

Ainda que Bento XVI tenha concedido a licença para não esperar os cinco anos exigidos para começar a causa de   beatificação de João Paulo II, o processo foi submetido a todas as exigências requeridas para qualquer outro caso.
          
        O cardeal Amato esclarece que, "para honrar dignamente a memória deste grande Pontífice, a causa foi submetida a um escrutínio particularmente detalhado, para evitar qualquer dúvida e superar qualquer dificuldade".

A investigação diocesana sobre a cura inexplicável da irmã Marie Simon Pierre foi realizada em 2007, pela arquidiocese de Aix-en-Provence, onde se encontra a maternidade na qual a religiosa exercia então o seu trabalho.

O postulador da causa de beatificação de Karol Wojtyla, o sacerdote polonês Slawomir Oder, explicou que o caso da irmã Marie Simon Pierre foi escolhido, entre muitos outros recebidos, por dois motivos: foi curada da doença sofrida pelo próprio Papa e, após sua recuperação, foi capaz de continuar entregando sua vida, nas maternidades, à "batalha pela dignidade da vida", também enfrentada pelo Pontífice com seu magistério e ministério.        

Gean Maranhão – Missionário Pentecostes
Fonte: www.zenit.org

                                          

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Importância do Catecismo

Dom Eugenio Sales
O Catecismo da Igreja Católica é um instrumento precioso “que ajuda a aprofundar o conhecimento da fé. Representa um válido e seguro instrumento para os presbíteros na sua formação permanente e na pregação; para os catequistas na sua preparação remota e próxima para o serviço da Palavra; para as famílias no seu caminho de crescimento rumo ao pleno exercício das potencialidades ínsitas no sacramento do matrimônio; para os teólogos, que poderão encontrar uma autorizada referência doutrinal para a sua incansável investigação. Apresenta-se, enfim, como precioso subsídio para a atualização sistemática daqueles que trabalham nos múltiplos campos da ação eclesial (Discurso do Papa João Paulo II, 8 de setembro de 1997).
Mesmo os não pertencentes à Igreja têm aí o autêntico ensinamento de Cristo. Isso facilita o discernimento entre a doutrina sã e as elucubrações de indivíduos que acobertam suas interpretações pessoais e errôneas sob o nome de “católicos”. O conteúdo do Catecismo é a aplicação da Revelação divina à vida de cada um. Ele nasce da Palavra de Deus contida na Sagrada Escritura e na Tradição e, estudado, ilumina nossos passos.
Foi o resultado de anos de atividade em que, sob a presidência do então Cardeal Josef Ratzinger, na época Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, uma comissão de teólogos das várias partes do mundo trabalhou intensamente. O texto foi submetido à apreciação do episcopado da Igreja inteira, recebendo então poucos retoques, sendo aprovado em junho de 1992 pelo Papa João Paulo II.
A obra se dispõe harmonicamente em quatro partes: 1) A Fé professada (Credo); 2) A fé celebrada (a Liturgia); 3) A Fé vivenciada (a Moral); 4) A Fé feita oração e o Pai-Nosso. A leitura do texto é fácil e agradável. Está longe de ser uma cartilha inovadora de pecados.
Somos bombardeados, em nossa época, por uma variedade de conceitos, propostas e idéias as mais diversas e contraditórias. Em meio a esse vozerio, onde está o certo? Como diferenciá-lo do errado? Como agir? Para que houvesse uma solução a cada problema e em todas as circunstâncias, veio Cristo nos ensinar. Sua doutrina está consignada nos Livros Sagrados e na Tradição, ambos confiados ao Magistério vivo.
Como a verdade é eterna, essas diretrizes são perenes. Ocorre que, ao passar dos anos, surgem novas realidades, que pedem uma orientação de acordo com o doutrinamento do Senhor Jesus. Para isso, a Igreja acompanha o gênero humano em suas interrogações e lhe proporciona a informação solicitada. E o faz com a garantia que lhe deu o Mestre: “Quem vos ouve, a mim ouve” (Lc 10,16).
Acresce a necessidade de ter, com presteza, o atendimento às nossas inquietações e perguntas.
Para tudo isso têm sido, desde o início da Igreja, preparados escritos que solucionem essas carências. No início da Igreja houve obras com essa finalidade. A Didaqué, no século I, é um exemplo. Tivemos um célebre Catecismo, que atravessou séculos e nele aprendemos em nossa infância a Doutrina de Jesus. Foi o Catecismo chamado “do Concílio de Trento” ou “de São Pio V”. Hoje, eis que temos o Catecismo da Igreja Católica, continuação do anterior, atualizado em suas respostas aos problemas novos à luz do Vaticano II. No entanto, nada de essencial é alterado.
O homem moderno, enfrentando as mudanças freqüentes, tem nesse livro precioso o caminho certo. Para encontrá-lo, basta buscá-lo nessa obra. Aí está, de maneira sistemática, compreensível e integral.
O Catecismo nasce da Bíblia e da Tradição. Ao mesmo tempo, leva a elas seu leitor. Todo o texto torna mais claros e ordenados os assuntos. Há um índice remissivo que facilita a procura de temas e questões.
Sem dúvida, é importante ter em casa, na mesa de trabalho, a Bíblia, que contém a Palavra de Deus. Igualmente o Catecismo da Igreja Católica. Urge, no entanto, estudar mais o conteúdo desse livro. Obviamente, antes de tudo, está a leitura diária e piedosa da Sagrada Escritura. O Catecismo da Igreja Católica nos é proposto não tanto para termos a posse de um exemplar, mas com o objetivo de nos fazer aprender e praticar seus ensinamentos, considerando as diretrizes que nos dá.
Cada ser humano tem necessidade de adquirir conhecimentos, inclusive no campo religioso. O nível das lições é diverso. Como crianças, temos uma compreensão muito elementar. Ao passar dos anos, as exigências de maior conhecimento de nossa Fé se avolumam. São outras interrogações, que exigem respostas convincentes. Em todos há algo de comum: a dimensão eterna da vida humana. O destino futuro, após a morte, dependerá de nossos atos hoje e à eles condicionados. Isso nos mostra nitidamente a importância do estudo do Catecismo, que nos proporciona a orientação de cada ato de nossa existência. Vê-se assim, claramente, como essa obra está intimamente relacionada com nosso presente e o futuro.
Diz-se muitas vezes que o mundo se distanciou de Deus. A verdade é que, em nossos dias, cresce a fome do Sagrado. Vivamos, pois, segundo a Doutrina de Jesus e tenhamos no Catecismo um tesouro para nossas vidas.


 Moderador: Tiago Martins - Missionário Pentecostes

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

História do Terço

Wellington R. Costa

Chama-se terço (5 dezenas) porque é a terça parte do rosário (15 dezenas). Vejamos um pouco da história do rosário: segundo consta, o rosário teve suas origens na Irlanda, no século IX. Naquela época, os 150 salmos de Davi eram uma das formas mais usadas de oração entre os monges. Os leigos, não sabendo ler, contentavam-se em ouvir a recitação dos Salmos.

Por volta do ano 800, começou a surgir o costume, entre os leigos, de recitarem 150 “Pai-nossos” (texto bíblico). No início os devotos usavam uma bolsa de couro com 150 pedrinhas para contar as vezes que repetiam a oração. Mais tarde começou a ser usado um cordão com 50 pedacinhos de madeira. É a origem do instrumento que chamamos de terço.


Em 1072 São Pedro Damião menciona que já era costume, em sua época, recitar, em forma de diálogo, 50 vezes a saudação angélica (primeira parte da Ave-Maria).


Durante o Sec. XIII apareceu o costume de se recitar 150 louvores a Maria (breves pensamentos lembrando as virtudes e glórias de Nossa Senhora). Neste período aparece a palavra rosarium que significa buquê de rosas.


Por volta de 1365, Henrique Kalkar agrupou as 150 saudações angélicas em dezenas, intercalando um Pai-Nosso em cada grupo de 10 Ave-Marias. Desta data até 1470 foram feitas outras modificações.


A partir de 1470, apareceram os dominicanos como os grandes propagadores desta forma simples de oração. A cada uma 150 Ave-Marias correspondia um pensamento bíblico.


Por volta de 1500, teve origem a xilogravura. Como o analfabetismo continuava a imperar, usava-se reproduzir em madeira as cenas evangélicas para meditação. Usavam-se 15 cenas bíblicas correspondentes a cada dezena de Ave-Marias.


Durante os séculos XVI e XVII generalizou-se o costume de se explicitarem apenas os 15 pensamentos relativos a cada dezena.


Por volta de 1700, São Luiz de Montfort consagrou a forma de se ler um pensamento mais longo, narrando a cena Bíblica e sugerindo atitudes práticas a cada dezena de Ave-Marias. Convencionou-se chamar cada um destes pensamentos de “mistério”. É a forma mais conhecida hoje, o rosário com 15 mistérios.


Hoje se reza mais o terço, os mistérios foram divididos em quatro partes, cada qual com 5 meditações: nascimento e infância de Jesus (mistérios da alegria), paixão e morte (mistérios dolorosos), ressurreição e ascensão (mistérios gloriosos).


Ao celebrar 24 anos de pontificado, no dia 16/10/2002, o Papa João Paulo II assinou a carta apostólica Rosarium Virginis Mariae em que acrescenta, ao rosário, os cinco Mistérios da Luz, inspirados na vida pública de Jesus.


O terço nos coloca diante da Santíssima Trindade e de Maria, e é também uma oração inspirada na Bíblia, como podemos observar: reza-se 5 vezes o Pai-Nosso (ensinado por Jesus) e 50 vezes a Ave-Maria (que contém a saudação do anjo e de Izabel a Maria). A oração central do terço é Jesus.


No terço não se trata de repetição mecânica de palavras. O grande segredo do terço está na meditação dos mistérios de nossa redenção, vividos por Jesus e Maria. Os grandes Santos rezavam o terço. O Papa reza. A Igreja recomenda a todos. A Bíblia não se opõe em aspecto nenhum com relação ao terço, ainda mais sendo Jesus a oração central dele.
 


Moderador: Tiago Martins - Missionário Pentecostes

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Falando de Amigo com: Eliana Ribeiro





Moderador: Tiago Martins

* Você conhece o primeiro REGISTRO histórico de uma Santa Missa?

janeiro 24th, 2011
Desde o século II temos o testemunho de São Justino sobre as grandes linhas do desenrolar da Celebração Eucarística, que permaneceram as mesmas até os nossos dias. O relato, a seguir, data do ano de 155:
“No dia do Sol, como é chamado, reúnem-se num mesmo lugar os habitantes, quer das cidades, quer dos campos. Lêem-se, na medida em que o tempo o permite, ora os comentários dos Apóstolos, ora os escritos dos Profetas. Depois, quando o leitor terminou, o que preside toma a palavra para aconselhar e exortar à imitação de tão sublimes ensinamentos. A seguir, pomo-nos todos de pé e elevamos as nossas preces por nós mesmos e por todos os outros, onde quer que estejam, a fim de sermos considerados justos pela nossa vida e pelas nossas ações, e fiéis aos mandamentos, para assim obtermos a salvação eterna.
Quando as orações terminaram, saudamo-nos uns aos outros com um ósculo. Em seguida, leva-se àquele que preside pão e um cálice de água e de vinho misturados. Ele os toma e faz subir louvor e glória ao Pai do universo, no nome do Filho e do Espírito Santo e rende graças longamente pelo fato de termos sido julgados dignos destes dons.
Terminadas as orações e as ações de graças, todo o povo presente prorrompe numa aclamação dizendo: Amém.
Depois de o presidente ter feito a ação de graças e o povo ter respondido, os que entre nós se chamam diáconos distribuem a todos os que estão presentes pão, vinho e água ‘eucaristizados’ e levam também aos ausentes.”

Postado originalmente em: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/19980-voce-conhece-o-primeiro-registro-historico-de-uma-santa-missa
Moderador: Jaidson Martins- Missionário Pentecostes




















sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Sacerdote, o amigo de Deus



Essa é uma entrevista com o padre Aluísio da Comunidade Canção Nova, publicada no link: http://www.cancaonova.com/portal/canais/entrevista/entrevistas.php?id=990 em junho de 2010 em função do encerramento do Ano Sacerdotal. A Canção Nova entrevistou cinco sacerdotes e, todo dia, um deles partilhou sobre sua vocação ao sacerdócio. Essa foi a última entrevista da série: “Sacerdote, o amigo de Deus”. 
 
cancaonova.com: Nesta última entrevista da série especial “Sacerdote Amigo”, vamos conversar com o padre Aluísio, responsável pela formação dos seminaristas da Canção Nova e diretor espiritual das obras sociais mantidas pela Fundação João Paulo II. O tema de hoje é “Sacerdote, o amigo de Deus”. Obrigado por este depoimento, padre.­­­

    Padre Aluísio: É uma alegria, para mim, poder falar deste tema tão profundo, que é a amizade com Deus. Eu costumo dizer que nós aprendemos a conhecer a Deus dentro de casa. São o pai e mãe aqueles que nos apresentam Jesus. Meus pais tiveram essa oportunidade de apresentar Cristo para mim. Quando criança, eu via aquela imagem do Crucificado na parede e perguntava aos meus pais quem era Ele. E daí eles começaram a me explicar quem era Jesus Cristo e, assim, fui descobrindo que era possível conversar com Deus. Minha avó me ensinou que Jesus sempre nos ouve, o que me fez conversar com Ele nessa relação de amizade.

      Recordo-me que, alguns dias antes da minha Primeira Comunhão, vendo aquele padre celebrando a Santa Missa, eu pensava: “Um dia, eu serei igual a esse padre!” Mas eu também havia pedido um “sinal” para Deus: que se Ele me quisesse sacerdote eu seria chamado pelo meu pároco a ajudá-lo no altar. E isso aconteceu: momentos antes de começar a Celebração Eucarística da minha Primeira Comunhão, enquanto o sacerdote preparava o altar para a celebração, ele fez um gesto me chamando para me aproximar dele e aquilo me pegou de surpresa. Quando cheguei perto dele, ele me disse: “Eu sei que você fará a sua Primeira Comunhão hoje, mas eu gostaria que você me ajudasse”. Para mim, esta foi uma resposta do meu Amigo Jesus para que eu pudesse responder à vocação sacerdotal. Comecei como coroinha e, aos 13 anos, ingressei no seminário.

      O Amigo Deus cuida da gente! Fui para o seminário sem dinheiro e de carona com um caminhoneiro, que me deu uma ajuda financeira para seguir de ônibus até o seminário em Itapipoca (CE). Não consegui pegar o ônibus por causa do horário (era fim de tarde). Fui caminhando pela estrada e me sentindo desolado pela primeira vez em toda minha vida. Parei na beira da estrada e comecei a chorar, perguntando a Deus por que Ele havia me desamparado.
     Foi quando apareceu um carro naquela estrada e um homem me ofereceu carona. Como já estava tarde, aceitei e, ao entrar no veículo, aquela pessoa começou a dizer que eu não podia desistir, que Deus estava investindo em mim e que eu iria passar por muitas provações, mas não esquecesse que tenho um Amigo que acredita em mim e sempre estará ao meu lado. Chorei muito. Não conseguia falar mais nada! E nem havia dito para aquele homem nem aonde eu estava indo, quando ele parou o carro em frente ao seminário e disse-me: “Não é aqui que você vai ficar?” Aquilo me assustou muito!

     Quando encontrei o padre que me recebeu no seminário disse a ele: “Padre, eu não estou louco! Esse homem me trouxe até aqui sem saber para onde eu ia, me disse um monte de coisas e eu não estou doido!” O sacerdote me acalmou e perguntou: “Qual homem?” O carro havia desaparecido. Dias depois, em oração, Jesus me disse que havia enviado o Seu anjo para me levar até o seminário, pois eu havia me arriscado por Ele. Compreendi, então, que a amizade com Deus é feita de surpresas. Essa amizade é marcada por alegrias e provações. Nessa amizade, que dura “para a eternidade”, é necessário assemelhar-se ao nosso grande Amigo Jesus.

cancaonova.com: Por que o padre precisa ser amigo de Deus? Qual a importância dessa intimidade com o Senhor?
     Padre Aluísio: Jesus, quando chamou os Doze Apóstolos, os quis primeiro em Sua companhia. Só depois Ele os envia em missão. O padre é chamado, em primeiro lugar, a estar na companhia de Deus, a estar diante d'Ele. O sacerdote é um amigo do Senhor. Divide a própria vida com Cristo. Procura entender as coisas do coração de Deus. O padre é aquele que, por meio da oração, cultiva essa amizade, essa intimidade com Jesus. E essa intimidade fala de “tempo”. Você não fica com um amigo apressadamente! É necessário parar, conversar com ele, ouvi-lo... Muitas vezes, nós acabamos sendo essa “presença silenciosa”.

     A amizade com Deus tem essas fases: ora você fala e Deus o ouve; ora é Ele quem fala e você O escuta; ora o silêncio “fala” para os dois! Sabendo que o silêncio de Deus é sempre mais fecundo que o nosso. Aliás, o silêncio do Senhor fecunda o nosso! Essa amizade profunda com Jesus não pode ser “fechada”. É necessário, muitas vezes, que alguém nos auxilie a interpretar a relação dessa amizade. Minha relação com o Senhor não pode ser possessiva nem ciumenta: ela precisa me levar à abertura ao próximo, a oferecer o que tenho de melhor aos demais amigos de Cristo, pois os amigos d'Ele me interessam também.

cancaonova.com: Como Jesus tem manifestado concretamente esta amizade hoje em sua vida?
     Padre Aluísio: Hoje esta amizade acontece por meio de duas vias. A primeira via se dá através das pessoas, sejam os irmãos de comunidade ou esses mais carentes que atendemos em nossas obras sociais. A cada irmão que se aproxima de mim, eu percebo que sou este amigo de Deus, reconhecendo que Ele permite que eu cuide daqueles que também são os Seus amigos. E a segunda via é através da oração, pelo contato com a Palavra de Deus. Contato este que tem sido um grande “carinho de Deus” em minha vida! Usando de Sua Palavra, o Senhor tem manifestado Sua vontade para mim hoje. 

Moderadores: Equipe Djavan Barbosa

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

As etapas para o entendimento bíblico



 
 S
egundo o documento da Comissão Pontifícia Bíblica: A interpretação da Bíblia na Igreja, ainda que os estudiosos bíblicos tenham a função de interpretar as Sagradas Escrituras, esse trabalho não compete somente a eles, pois a leitura e vivência dos textos bíblicos vão além das análises acadêmicas, já que, a Bíblia não é apenas um conjunto de livros históricos, mas é a Palavra de Deus.

   E essa Palavra se torna atual e responde aos questionamentos e angústias do homem pós contemporâneo. Por isso, a leitura e estudo bíblico deve ser feito por todos, uma vez que proporciona uma experiência de fé prática e atual. Mas é também por isso que é preciso tomar certos cuidados e se ter critérios na leitura e interpretação dos textos bíblicos para que não haja o risco de uma interpretação desvinculada e sem compromisso com a Tradição e o Magistério da Igreja, pois ambos garantem um entendimento seguro das Sagradas Escrituras ao longo da história de fé do Povo de Deus.

   Para isso, torna-se necessário tratar de algumas questões ligadas à exegese e hermenêutica bíblicas. Mas não é preciso espanto, pois essas palavras (exegese e hermenêutica) estão mais presentes na prática bíblica do que se possa imaginar. E também, não se trata aqui de um estudo científico, mas o uso dessa linguagem é para mostrar as etapas necessárias para um correto entendimento da Bíblia.

   Comecemos então, pela definição desses termos: Exegese é uma palavra que vem do grego e significa: explicação ou explanação. É a arte de expor, de trazer para fora o sentido de um determinado texto. É um conjunto de técnicas e ferramentas utilizadas para entender e descobrir o significado de um texto. Hermenêutica já diz respeito à interpretação do que está escrito. É a apropriação que se faz do entendimento do texto para aplicá-lo no dia-a-dia.

   Mas existe no meio do caminho entre a exegese e a hermenêutica um filtro. E que filtro é esse? A Doutrina da Igreja, o Catecismo da Igreja Católica. Esse procedimento de filtrar o estudo bíblico serve basicamente para duas coisas: não permitir os exageros e também para ampliar a interpretação quando ela é muito limitada. E, em geral, muito mais amplia do que reduz as interpretações, uma vez que, são apresentadas outras possibilidades de entendimento do texto que talvez não tenham sido contempladas no estudo.

   É como o antigo filtro de barro muito usado, especialmente, nas cidades pequenas e nas zonas rurais. O filtro de barro não é feito para reter a água, mas para purificá-la. Da mesma maneira o filtro da Doutrina, não retém a nossa leitura da Bíblia, mas a deixa livre de impurezas que porventura possam ter surgido durante o momento de estudo da Palavra. Além disso, o filtro de barro possui a capacidade de deixar a água sempre fresca e pronta para ser consumida. Igualmente faz o filtro da Doutrina, que atualiza para nossos dias aquilo que lemos e interpretamos nas Sagradas Escrituras, deixando a mensagem bíblica pronta para saborearmos e utilizarmos no dia-a-dia.

   Que se sigam essas três etapas para o entendimento bíblico: estudar com atenção, trazendo a tona o máximo de informações possíveis para um conhecimento mais aprofundado do texto – passar esse conteúdo pelo filtro da Doutrina para purificar e atualizar o conteúdo – e aplicar a Palavra de Deus na própria vida. 

   Ler superficialmente o texto, sem um mínimo de contextualização e sem consultar a Igreja, faz correr o risco de uma aplicação do texto bíblico de maneira equivocada, podendo causar danos si e àqueles a quem se transmite o entendimento do texto. Daí a importância desses três momentos: estudo mais cuidadoso (exegese) – filtro da Doutrina (catecismo) – interpretação e aplicação no dia-a-dia (hermenêutica).

Denis Duarte
Professor, escritor e pesquisador,
formado em Letras, Cientista da Religião na área d
  

Fonte: http://www.comshalom.org/formacao/exibir.php?form_id=3780
Moderadores: Equipe Djavan Barbosa

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

NOSSA SENHORA

Aparições de Nossa Senhora em Itapiranga - Amazonas         
        Desde o dia 02 de maio de 1994 a 02 de maio de 1998, Jesus Cristo, Maria Santíssima e São José, apareceram a duas pessoas no Amazonas, no município de Itapiranga. Nossa Senhora se apresentou como Rainha do Rosário e da Paz para chamar por meio de aparições e mensagens Celestes, o mundo inteiro à conversão.      
            Muitos foram aqueles que tiveram suas vidas transformadas, ao presenciarem as aparições de Jesus e da Virgem aos seus dois confidentes e através das mensagens transmitidas a eles.       
     As duas pessoas escolhidas como confidentes por Nossa Senhora, se chamam Edson Glauber e Maria do Carmo (Mãe e Filho). A eles dois, Jesus e Maria, transmitiram mensagens e orientações em suas aparições em Itapiranga para todas as famílias no mundo inteiro.         
     Em sua última aparição pública ocorrida em Itapiranga no dia 02.05.98 a Virgem disse a Edson que não mais apareceria ali naquele local, pois o que ela desejava transmitir ao povo já havia sido realizado. Ela desejava agora que o povo recordasse suas mensagens e que as colocasse em prática. Ela disse a Edson que apareceria a ele e a sua mãe até o fim de suas vidas e que aquela última aparição ali em Itapiranga não significava o fim delas para eles dois, pois quando fosse necessário ela viria novamente para orientá-los, para rezar com eles pela Igreja, pelo mundo e pelas famílias, que tanto necessitam do seu auxílio materno.         
     No dia 02.05.98 a Virgem também pediu a Edson se ele não gostaria de oferecer um sacrifício ao Senhor pela salvação das almas e pela conversão do mundo. Edson respondeu-lhe que sim, dizendo que aceitava. Por três meses, depois daquela última aparição em Itapiranga Edson ficou sem vê a Virgem e sem ter nenhuma aparição diária. Para ele foi um grande sofrimento não vê-la, pois a presença da Virgem no decorrer de todos estes anos de sua vida foi sem dúvida nenhuma o céu da sua alma na terra. E para ele que estava acostumado a vê-la diariamente foi uma grande dor o fato de não mais ter as aparições daquela que era a luz que iluminava os seus olhos e o seu caminho rumo a Jesus.         
     Depois dos três meses num dia não determinado a Virgem voltou aparecer-lhe novamente, mas não todos os dias como no passado. Algumas vezes Edson ouvia somente a sua voz que lhe falava ao coração por meio de locução interior ou Nossa Senhora, nos dias de festa, aparecia-lhe reservadamente, o orientava e rezava com ele. O mesmo fato também se dava com sua mãe Maria do Carmo. Muitas vezes ela escutava a voz de Nossa Senhora que falava com ela e a orientava.       
           Maria do Carmo foi quem recebeu muitas mensagens e orientações de Jesus e Edson foi aquele que também teve muitas mensagens e revelações feitas por São José, o Esposo de Maria. A ele, São José se manifestou e continua a transmitir-lhe muitas mensagens no que diz respeito a sua vida, as graças que Deus deseja conceder ao mundo a todos aqueles que honrarem com amor e devoção o seu Coração Castíssimo. As aparições agora ocorrem em Manaus.      
     Nos anos de 1998 a 2000, Nossa Senhora aparecia muitas vezes a Edson nos grupos de jovens que foram formados em Maceió-Al e na Itália (em Brescia, Vigolo, Sciacca, Mozzo). Muitas das mensagens foram destinadas a estes grupos, quando os jovens se reuniam para rezar com ele. Ela mesma, a Virgem, disse a Edson que estava dando prosseguimento a sua obra de conversão e salvação da juventude que havia iniciado em Itapiranga. 
 
     Desde o ano de 2001, Nossa Senhora avisou a Edson que voltaria a aparecer com freqüência aos sábados, depois da oração do terço que se inicia às 17h00 em sua casa. Ela disse que viria para rezar com ele pelo mundo e pela paz e que as pessoas poderiam estar presentes a aparição para serem abençoadas por ela. A sua presença nestes sábados era um sinal de esperança para a humanidade que hoje deseja viver sem Deus numa negação absoluta do seu amor divino.       
     É muito importante recordar que foi neste ano que começaram a acontecer grandes conflitos no mundo, como o atentado nas Torres Gêmeas no dia 11 de setembro, onde morreram milhares de pessoas e grandes calamidades de modo nunca visto. Nossa Senhora com sua presença aos sábados, queria muito antes nos preparar e ajudar para que fossem evitados estes grandes males que estavam chegando no mundo, mas infelizmente não foi ouvida, isto a nível mundial, a nível de Brasil e Amazonas.       
     Foi também a partir deste ano que Edson começou a ir com mais freqüência à Itália, para visitar os grupos de jovens, pois sua presença lá era de suma importância para o andar de sua obra, pois os grupos estavam crescendo e se difundido muito, assim como as mensagens da Virgem pela Itália. No ano de 2004 as aparições ocorreram não só aos sábados, mas algumas vezes nos dias de semana.       
     Nossa Senhora mais uma vez queria ajudar a humanidade por meio de suas aparições, pois ela sabia que muito em breve a justiça de Deus irá golpear muito forte os pobres pecadores e ela desejava alcançar do Coração de seu Filho Jesus a sua misericórdia e o perdão para os pecadores ingratos, obstinados em seus pecados.      
    No dia 26 de dezembro de 2004, ocorreu o terremoto na Ásia e a grande Tsunami que matou mais de 200 mil pessoas: fato que foi profetizado muitos anos antes e revelado a Edson em Itapiranga no ano de 1996 e depois no dia 11 de fevereiro de 1997, no Arari, quando este se encontrava com sua família no sítio de alguns amigos. Naquela ocasião, diante das pessoas presentes a Virgem mostrou a Edson várias cenas e pediu que ele as desenhasse.      
     Uma destas visões era o terremoto e a Tsunami que iriam matar milhares de pessoas na Ásia. Este desenho a Virgem pediu que Edson colocasse na parede de sua casa em Itapiranga para que as pessoas pudessem vê-lo, meditassem e rezassem para que não ocorresse no mundo, mas muitos não levaram a sério este seu pedido de oração de intercessão pela conversão do mundo e consideravam estes desenhos e profecias bobagens e mentiras.       
     Muitos com o passar do tempo chegavam até dizer: viu o tempo passou e não aconteceu nada. Mas as pessoas não conhecem os tempos de Deus. Nossa Senhora voltando a aparecer por mais vezes no ano de 2004 a Edson novamente queria reunir os seus filhos em oração, chamando-os a interceder pelo mundo, mas infelizmente mais uma vez não foi ouvida e a catástrofe chegou matando a muitos. No ano de 2005 a Virgem vinha muitas vezes rezar com Edson pela realização dos seus planos e pediu-lhe para sacrificar-se mais pela sua obra.     
     Numa outra ocasião, em uma aparição, Jesus perguntou-lhe se ele queria ajudá-lo a salvar mais almas para o céu (29.07.2007). Edson respondeu-lhe que aceitava e então Jesus colocando a coroa de espinhos na cabeça de Edson disse-lhe: “Saiba oferecer os teus sacrifícios e penitências unido aos merecimentos da minha paixão, assim eles se tornarão preciosíssimos aos olhos do meu Pai Eterno”.        
     Logo em seguida a esta aparição, depois de Edson oferecer ao Pai Eterno este sacrifício unido aos merecimentos da paixão de Cristo pela salvação de mais almas, o Bispo Dom Carillo Gritti foi a Itapiranga celebrar publicamente, pela primeira vez aos peregrinos, a Santa Missa no dia 05.08.2005, mostrando-se interessado pelos fatos acontecidos.       
     Naquele manhã o Bispo diante dos peregrinos disse: “A salvação do Amazonas vai sair de Itacoatiara e podemos então dizer também de Itapiranga... Nestes cinco anos que eu passei nesta prelazia, tendo tido antes conhecimento do que estava acontecendo aqui nesta terra, tendo aprofundado mais nestes anos, esta minha colocação começou a tomar corpo. Será? será que daqui vai sair a salvação para o Amazonas todo?Quem sabe?Eu começo a acreditar que sim. No colo de Maria encontramos Jesus. Aos pés da cruz encontramos Maria...e é a Rainha da Paz que apareceu, que se manifestou aqui, porque a paz vem só de Deus”.        
     Estas palavras proferidas pelo Bispo Carillo, poderiam ser uma profecia dos tempos novos que Deus deseja conceder ao povo do Amazonas? Tempos de paz e de graças revelados tantas vezes nas mensagens da Virgem em Itapiranga? Continuando o seu discurso ele proferiu as seguintes palavras que nos fazem compreender mais ainda a importância da presença de Maria em Itapiranga e o verdadeiro motivo de suas aparições:      
      “Para que haja a salvação Deus escolhe os caminhos dele, e se for da vontade dele aqui um dia haverá um grande santuário e uma aurora também de salvação para esta terra, terra cobiçada e não respeitada, terra pela qual se fazem projetos não-humanos e nem menos divinos, para que Nossa Senhora guardando a floresta torne-se centro de irradiação, e porque não, para que a salvação através de Maria se irradie daqui para o Amazonas”      
    Estas palavras encheram os corações dos peregrinos de alegria, na espera de uma nova aurora de paz e de amor no Amazonas, onde Nossa Senhora implantará o reino de seu Filho Jesus no meio do seu povo que ela não esqueceu. No dia 06.08.2005, após a visita do Bispo no local das aparições a Virgem apareceu a Edson muito feliz e lhe disse:     
     Queridos filhos, hoje o meu Coração Imaculado exulta de alegria, porque os meus planos de conversão estão agora realmente se concretizando como eu queria. Deus está feliz com a atitude do Bispo atual (Carillo Gritti), porque ele está com o seu coração aberto. Rezem mais ainda e assim as graças do Senhor descerão em abundância no Amazonas. Eis que eu pedi ao Senhor para que ele aja fortemente e lhes conceda inúmeras graças e ele me atendeu. Quando os meus filhos são obedientes e escutam os meus apelos, o Senhor se mostra generoso e assim, a sua benção e a sua graça, se derrama poderosamente sobre vocês. Eu continuo a interceder diante do seu trono pela paz. Rezem pela paz! Eu os amo e lhes agradeço pelas orações e sacrifícios que vocês estão ofertando ao Senhor nestes dias. Eu estou acolhendo cada sacrifício seu e apresentando ao Senhor. Deus está feliz com vocês.      
     A partir de 2006, a Virgem disse a Edson que começaria a aparecer também aos domingos em sua casa depois da reza do terço, pois o mundo como nunca estava precisando da sua presença materna, da sua intercessão de Mãe e de muita oração. E também como ela havia dito na mensagem do dia 06.08.2005: “Eis que eu pedi ao Senhor para que ele aja fortemente e lhes conceda inúmeras graças e ele me atendeu”. Por isso ela viria também aos domingos para rezar com Edson pela humanidade inteira. É como ocorre até hoje, aos sábados e aos domingos, depois da reza do terço Nossa Senhora aparece a Edson e reza com ele pela conversão do mundo e pela paz.      
fonte: aveluz.com/maria/itapiranga.htm indicação: Gean Maranhão - Missionário Pentecostes
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