O Reino de Deus e a missão da leiga e do leigo cristão
A celebração da festa de Cristo Rei encerra o longo caminho iniciado no Advento do ano passado. Em dezembro começaremos um novo ano de celebração do mistério de Cristo.
A festa de Cristo Rei é uma maneira solene de celebrar aquilo que foi o sonho de Jesus de Nazaré, o Reino de Deus. Ele constituiu o centro de sua pregação. Reino de Deus ou Reino dos céus, é expressão que não ocorre no Antigo Testamento. É típica do Novo Testamento onde aparece mais de cem vezes, quase sempre na boca do próprio Jesus.
O Reino de Deus é a realização da vontade de Deus, o mundo novo onde reina a justiça o amor e a paz, a verdade e a vida, a santidade e a graça, como se proclama no prefácio da festa de Cristo Rei.
A vinda desse Reino constituiu o início da pregação de Jesus: “Cumpriu-se o tempo, o Reino de Deus está próximo”. Ele já está presente entre nós mas ainda não se completou. É o que a teologia chama de escatologia: “já” e “ainda não”. Seus sinais já são visíveis. Ele já acontece nas pessoas, na prática do amor e da santidade sobretudo pelo amor e serviço aos pobres e aos excluídos.
O Reino já está acontecendo no mundo, lá onde as pessoas vivem: na família, no trabalho, e na vida da sociedade. Por isso a construção do Reino é obra sobretudo dos cristãos e cristãs leigos. Essa é sua vocação específica. Ela se realiza na medida em que os cristãos , cristãs e todas as pessoas de boa vontade mudam seu modo de viver, seus valores, atendendo ao apelo do Senhor: “Convertei-vos, o Reino, chegou”. Esse é o grande Evangelho, a grande Boa Nova. A Igreja existe não para tirar as pessoas do mundo e reuni-las dentro de si. A Igreja existe para enviar as pessoas ao mundo para evangelizá-lo, anunciar e construir o Reino de Deus.
A celebração de Cristo Rei encerra o ano litúrgico, conscientizando-nos que terminou um período da construção do Reino ( o que já construímos no ano que passou) e começou outra etapa (o que ainda não realizamos com a graça de Deus, o que continua esperando por nós). A celebração de Cristo Rei é assim a celebração da grande esperança, feita das esperanças do dia a dia. Esperança que nos vem da certeza de nossa Ressurreição e da transformação do mundo em que vivemos: “Eis que eu faço novas todas as coisas”.
A prece eucarística número cinco expressa isso de maneira bela e profunda. Depois de proclamar mais de uma vez “Caminhamos na estrada de Jesus”, conclui com um ano de fé e esperança “A nós que agora estamos reunidos dai força para construirmos juntos o Vosso Reino que também é nosso”.
Fonte: http://www.catequisar.com.br/
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