quinta-feira, 30 de junho de 2011

13° DOMINGO DO TEMPO COMUM

Findo o Tempo Pascal, com a Solenidade da Santíssima Trindade retomamos a celebração do Tempo Comum. E nos domingos deste ano (Ano A, do Calendário Litúrgico) estamos meditando o Evangelho segundo São Mateus.

O Evangelho deste domingo é o final do capítulo 10, no qual Jesus envia os apóstolos em missão. E no trecho deste domingo, Jesus mostra que o discípulo, para colocar-se em missão, precisa ser capaz de desprender-se de todos os apegos. E destaca três: o apego às pessoas, ensinando que o nosso amor a Deus deve ser maior que o nosso amor aos nossos pais, aos filhos ou a qualquer pessoa; o apego aos problemas, ensinando que não podemos deixar que a cruz de cada dia nos impeça de segui-lo; e o apego às coisas materiais, mostrando que quem quer aproveitar, curtir a vida, vai perdê-la, mas que é capaz de doar a vida para Cristo, esse encontra o verdadeiro sentido de viver e a verdadeira felicidade.

E finalmente, Jesus mostra que os discípulos que se desapegam e se colocam em missão, tornam-se instrumentos da graça de Deus. E quem acolhe esses discípulos, acolhe o próprio Jesus e acolhe o Pai, que O enviou.

Somos, pois, convocados por Jesus para nos desapegar de tudo o que nos escraviza e impede que estejamos ao seu serviço. E devemos ter consciência de que Cristo nos torna portadores da presença de Deus, da sua graça e salvação a quem encontrarmos.

Fonte: http://www.paroquiasaojudastadeusc.org.br/

quarta-feira, 29 de junho de 2011

A evolução do Dogma
 
Do Kerigma aos símbolos de Fé

Iluminura medieval com a representação clássica da Santíssima Trindade. Desde o acontecimento pascal e sua proclamação catequética - génese da experiência e da reflexão trinitária - até à formulação conceptual do mistério trinitário, um longo percurso foi trilhado. Na verdade, desde a proclamação primitiva da morte e ressurreição de Jesus de Nazaré , passando pelas primeiras afirmações do Novo Testamento da plena divindade de Jesus, da personalidade do Espírito Santo e o surgir das primeiras fórmulas trinitárias até ao Credo Niceno-Constantinapolitano, um tortuoso caminho foi burilado pelas primeiras gerações de cristãos.

Defensores da doutrina trinitária afirmam que a Igreja primitiva já acatava plenamente essa idéia, com base nos escritos de Inácio de Antioquia, "Carta aos Efésios", 9, 1; 18, 2, e na "Primeira Carta de Clemente Romano" 42; 46, 6. Mas, do ponto de vista histórico, um dos primeiros a utilizar, no Ocidente cristão, o termo "Trindade", para expressar a idéia de que a unidade divina existiria em três pessoas distintas, foi Tertuliano. No início do século III, em sua obra "Adversus Praxeas" (2,4; 8,7), ele utilizou o termo latino de "trinitas". Antes disso, e no Oriente cristão, só há o registo do termo grego "Τριας" nos escritos de Teófilo de Antioquia ("Três Livros a Autolycus", 2, 15) redigidos por volta do ano de 180 d.C.

Na realidade, mais do que a partir da especulação teórica e abstrata - que mais tarde viria a ser preponderante, a afirmação teológica da "Trindade" ocorreu sobretudo a partir do uso dos textos bíblicos em ambiente litúrgico eclesial. Esta doutrina, de fato, foi-se apoiando e alicerçando no âmbito da práxis baptismal (veja-se "Didaké" 7, 1; Justino, "Apologia" 1, 61, 13) e eucarística (veja-se Justino, "Apologia" 1, 65.67; Hipólito, "Tradição Apostólica" 4-13 ).

Somente depois da pacificação do Império Romano, sob Constantino I, é que ocorreu aquela convergência de fatores - a paz, as facilidades de comunicação e diálogo entre as diversas Igrejas e teólogos, entre outros - que permitiu a elaboração de um edificio conceptual - a definição precisa das noções de "ousia"/"natureza", "hipostasis"/"pessoa", "homoousios"/"consubstancialidade", bem como a sua mútua relação e aplicação teológica - apto para a descrição e explanação da Divindade revelada em Jesus Cristo.

Os símbolos de Fé

Ícone oriental que representa Constantino I entre os padres reunidos no Primeiro Concílio de Niceia: o distico por eles suspenso contem o texto do credo de Niceia. A primeira formulação dogmática do pensamento teológico cristão trinitário, no que concerne à relação entre cada uma das três Pessoas divinas, foi postulada como um artigo de fé pelo credo de Niceia (proclamado em 325 no Concílio de Niceia) - realizado para dirimir as questões levantadas por Ario que negava a divindade plena do Filho -, bem como pelo Primeiro Concílio de Constantinopla de 381 - realizado para, em oposição aos pneumatômacos, afirmar a plena divindade pessoal do Espírito Santo - e apresentada no credo de Atanásio (depois de 500 d.C.).

Estes credos foram progressivamente formulados e ratificados pela Igreja dos séculos III e V, em reação a noções algumas delas envolvendo a natureza da Trindade, a posição de Cristo nela e a divindade do Espírito, tais como as do arianismo, do docetismo, do modalismo e a dos pneumatômacos - nome dado àqueles que negavam a divindade pessoal da terceira pessoa da Trindade -, que foram depois declaradas como heréticas na medida em que atentariam contra o essêncial da Revelação. Estes credos foram mantidos não só na Igreja Católica e Ortodoxa, mas também, de algum modo, pela maioria das igrejas protestantes, sendo inclusive citados na liturgia de igrejas luteranas e Igrejas Reformadas.

O credo de Niceia, que é uma formulação clássica desta doutrina, usou o termo "homoousia" (em Grego: da mesma substância) para definir a relação entre as três pessoas. A ortografia desta palavra difere em uma única letra grega, "iota", da palavra usada por não-trinitários do mesmo tempo, "homoiousia", (Grego: de substância semelhante): um fato que se tornou proverbial, a ponto de certos adversários do cristianismo nessa época afirmarem que os cristãos se degladiavam por causa de uma vogal, ilustrando assim as profundas divisões ocasionadas por aparentemente pequenas imprecisões, especialmente em Teologia.

Investigação teológica e a respectiva conclusão de Santo Agostinho

A Igreja anuncia e ensina o mistério da Santíssima Trindade com base em citações bíblicas, mas desencoraja uma profunda investigação no sentido de querer decifrá-lo.

Santo Agostinho, grande teólogo e doutor da Igreja, tentou e esforçou-se exaustivamente por compreender e desvendar este enigma. Após muito tempo de reflexão, esforço e trabalho, chegou à conclusão que nós, devido à nossa mente extremante limitada, nunca poderíamos compreender e assimilar plenamente a dimensão (infinita) de Deus somente com as nossas próprias forças e o nosso raciocínio. Concluiu que a compreensão plena e definitiva deste grande enigma só é possivel quando, na vida eterna, nos encontrarmos no Paraíso com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Fonte: http://www.catequisar.com.br/

terça-feira, 28 de junho de 2011

Fundamentos Bíblicos

A Trindade ou Santíssima Trindade é a doutrina acolhida pela maioria das igrejas cristãs que professa a Deus único preconizado em três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Para os seus defensores, é um dos dogmas centrais da fé cristã, e considerado um mistério. Tais denominações consideram-se monoteístas.

O Judaísmo e o Islamismo, bem como algumas denominações cristãs, não aceitam a doutrina trinitária.

A doutrina trinitária professa que o conceito da existência de um só Deus, onipotente, onisciente e onipresente, revelado em três pessoas distintas, pode-se depreender de muitos trechos da Bíblia. Um dos exemplos mais referidos é o relato sobre o batismo de Jesus, em que as chamadas "três pessoas da Trindade" se fazem presentes, com a descida do Espírito Santo sobre Jesus, sob a forma de uma pomba, e com a voz do Pai Celeste dizendo: "Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo" e na fórmula tardia de Mateus : «Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo». O termo "Trindade" não se encontra na Bíblia, pois é o nome dado pela igreja cristã à Doutrina que define a personalidade de Deus na Bíblia, onde Deus é: o Pai, e o Filho e o Espírito Santo. Por isso, aqueles que professam este dogma se referirem a Deus como Uno e Trino.

Ainda segundo os defensores da doutrina trinitária, ao longo da Bíblia há várias passagens que revelam a natureza divina da Trindade, e até a personalidade de cada uma das três pessoas divinas:

No que concerne à divindade de Deus-Filho, referem-se, por exemplo, a sua onisciência , a sua onipotência , a sua onipresença, ao fato de perdoar os pecados e ser doador da vida em íntima unidade, porém diferenciando as pessoas: «Eu e o Pai somos um» . Contudo, mais do que estas simples passagens isoladas, a afirmação da plena divindade de Jesus é o resultado da reflexão, na Fé, sobre a sua missão redentora contida nas Escrituras - pois a sua personalidade divina e humana nunca foi seriamente posta em descrédito pela igreja cristã seja ela católica ou protestante.

No que concerne à divindade do Espírito Santo, os trinitarianos reportam-se, por exemplo, à passagem bíblica que o chama de Deus em Atos , a sua onisciência, a sua onipotência , a sua onipresença e sobretudo ao fato de ser Espírito "de" verdade e "de" vida , prerrogativas que, tais como as apresentadas para Deus-Filho, segundo a Bíblia são única e exclusivamente divinas;

No que concerne à personalidade do Espírito Santo, a terceira pessoa da Trindade, assunto que foi muito debatido ao longo dos primeiros séculos do cristianismo, é comum referirem-se aos atributos deste que, tal como os que no Antigo Testamento são aduzidos para a personalidade do Deus do Antigo Testamento, YHWH - cuja divindade e personalidade nunca foram alvo de críticas substanciadas entre os cristãos -, testemunham o seu caracter pessoal: Ele glorificará Cristo ; ensina a comunidade e os fieis , distribui os dons segundo o seu desígnio , fala nas Escrituras do Antigo Testamento , fala para as sete Igrejas na carta do Apocalipse é enviado pelo Pai em nome de Jesus e pelo Filho que enviou da parte do Pai aparecendo como distinto de ambos pois não é Cristo sob outra forma de existência, mas seu representante e testemunha . Mais importante do que as passagens isoladas é o conjunto que o revela como Aquele que tem a missão de recordar, universalizar e realizar em cada pessoa a obra de Jesus, o que não ocorre mecanicamente, mas somente onde houver a liberdade do Espírito, dado que «onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade» . Para os cristão trinitários, esta liberdade do Espírito exclui que este possa ser um princípio impessoal, um meio ou instrumento, mas antes pressupõe a sua independência relativa.

Fonte: http://www.catequisar.com.br/

segunda-feira, 27 de junho de 2011

A Eucaristia - O que diz o Catecismo Católico

A santa Missa

Jesus quis deixar para a Igreja um sacramento que perpetuasse o sacrifício de sua morte na cruz. Por isso, antes de começar sua paixão, reunido com seus apóstolos na última ceia, instituiu o sacramento da Eucaristia, convertendo pão e vinho em seu próprio corpo vivo, e o deu de comer, fez partícipes de seu sacerdócio aos apóstolos e mandou-lhes que fizessem o mesmo em sua memória.

Assim a Santa Missa é a renovação do sacrifício reconciliador do Senhor Jesus. Além de ser uma obrigação grave assistir à Santa Missa aos domingos e feriados religiosos de preceito -a menos que esteja impedido por uma causa grave-, é também um ato de amor que deve brotar naturalmente de cada cristão, como resposta agradecida frente ao imenso dom que significa que Deus se faça presente na Eucaristia.

O que é a Eucaristia?

É o sacramento do corpo e do sangue de Jesus Cristo sob as espécies de pão e vinho. Por meio da consagração, o sacerdote converte realmente no corpo e sangue de Cristo o pão e vinho oferecido no altar.

O que é a Santa Missa?

É a renovação sacramental do sacrifício da cruz.

A Santa Missa é o mesmo sacrifício da Cruz?

Sim, a Santa Missa é o mesmo sacrifício da Cruz, mas sem derramamento de sangue, pois agora Jesus Cristo encontra-se em estado glorioso.

Quem pode celebrar a Santa Missa?

Somente os sacerdotes podem celebrar a Santa Missa, pois somente eles podem atuar personificando a Cristo, cabeça da Igreja.

Quais são os fins pelos quais se oferece a Santa Missa?

Os fins pelos quais se oferece a Santa Missa são quatro: adorar a Deus, agradecer por seu benefícios, pedir-lhe dons e graças, e para a satisfação por nossos pecados.

A Santa Comunhão

A Eucaristia é também banquete sagrado, no qual recebemos a Jesus Cristo como alimento de nossas almas.

A Comunhão é receber a Jesus Cristo sacramentado na Eucaristia; de maneira que, ao comungar, entra em nós mesmos Jesus Cristo vivo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, com seu corpo, sangue, alma e divindade.

A Eucaristia é a fonte e cume da vida a Igreja, e também de nossa vida em Deus. A Igreja manda comungar pelo menos uma vez ao ano, em estado de graça; recomenda vivamente a comunhão freqüente e, se possível, sempre que se assista a Santa Missa, para que a participação do sacrifício de Jesus seja completa.

É muito importante receber a Primeira Comunhão quando se chega ao uso da razão, com a devida preparação.

O que é a Santa Comunhão?

A Sagrada Comunhão é receber Jesus Cristo presente na Eucaristia.

De que modo Jesus Cristo está presente na Eucaristia?

Jesus Cristo está na Eucaristia verdadeira, real e substancialmente presente, inteiro, vivo e glorioso, com seu corpo, sangue, alma e divindade, em cada uma das espécies e em qualquer parte delas.

A Hóstia consagrada é uma "coisa"?

Não, a Hóstia consagrada não é uma "coisa", embora o pareça; é uma Pessoa Divina, é Jesus vivo e verdadeiro.

Quem pode comungar?

Pode comungar quem estiver em graça de Deus, guardar o jejum eucarístico e saber quem vai receber.

Em que consiste o jejum eucarístico?

Consiste em abster-se de tomar qualquer alimento ou bebida, pelo menos uma hora antes da Sagrada Comunhão, exceto água e remédios. Os doentes e seus assistentes podem comungar mesmo que tenham tomado algo na hora imediatamente anterior.

Quando se recebe a primeira comunhão?

A primeira comunhão pode ser recebida quando se começa a ter uso da razão, o que se supõe a partir dos sete anos; tendo recebido previamente a preparação oportuna e o sacramento da penitência.

Que pecado comete quem comunga em pecado mortal?

Quem comunga em pecado mortal comete um grave pecado chamado sacrilégio.

O que deve fazer quem deseja comungar e encontra-se em pecado mortal?

Quem deseja comungar e encontra-se em pecado mortal não pode receber a Comunhão sem recorrer antes ao sacramento da Penitência, pois para comungar não basta o ato de contrição.

Fonte: http://www.catequisar.com.br/

domingo, 26 de junho de 2011

Frutos da Eucaristia

Ao receber a Eucaristia, ficamos intimamente aderidos a Cristo Jesus, que nos transmite sua graça.

A comunhão nos aparta do pecado, é este o grande mistério da redenção, pois seu Corpo e seu Sangue são derramados pelo perdão dos pecados.

A Eucaristia fortalece a caridade, que na vida cotidiana tende a debilitar-se; e esta caridade vivificada apaga os pecados veniais.

A Eucaristia nos preserva de futuros pecados mortais, pois quanto mais participamos da vida de Cristo e mais progredimos em sua amizade, tanto mais difícil será romper nosso vínculo de amor com ele.

A Eucaristia é o Sacramento da unidade, pois quem recebe o Corpo de Cristo se unem entre si em um só corpo: A Igreja. A comunhão renova, fortifica, aprofunda esta incorporação com a Igreja realizada já no Batismo.

A Eucaristia nos compromete a favor dos pobres; pois ao receber o Corpo e o Sangue de Cristo que é a Caridade nos torna caritativos.

Fonte: http://www.catequisar.com.br/

sábado, 25 de junho de 2011

São Guilherme

Com grande devoção, hoje, lembramos a santidade de vida de São Guilherme, que nasceu em Vercelli, Itália, no ano de 1085. Órfão muito cedo, foi morar com os familiares que em nada o impediram de seguir Jesus e realizar seus anseios de vida religiosa.
Quando tinha apenas 14 anos, Guilherme saiu com vestes penitenciais para visitar o Santuário de Santiago de Compostela, na Espanha, visando expressar sua caminhada espiritual. Aconteceu que desejava peregrinar para a Terra Santa, mas devido a turbulências políticas, desviou-se e acabou se retirando no Monte Partênio (Monte da Virgem) e ali permaneceu em silêncio, penitência e oração.

São Guilherme, ao começar a construção do Santuário de Nossa Senhora do Monte Virgine, com o tempo, teve de organizar a comunidade dos monges formada a partir de sua total consagração. E desta forma nasceu o primeiro dos vários mosteiros fundados pelo Santo.
Combatente contra o mal, durante os 67 anos de existência ele não admitiu o pecado em sua vida, tanto que diante da malícia de uma mulher, ele preferiu jogar-se em brasas acesas do que nos braços do pecado; e por graça foi preservado milagrosamente de qualquer ferimento.

São Guilherme, rogai por nós!

Fonte: http://www.cancaonova.com/

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Solenidade do Nascimento de João Batista

Com muita alegria, a Igreja, solenemente, celebra o nascimento de São João Batista. Santo que, juntamente com a Santíssima Virgem Maria, é o único a ter o aniversário natalício recordado pela liturgia.

São João Batista nasceu seis meses antes de Jesus Cristo, seu primo, e foi um anjo quem revelou o seu nome ao seu pai, Zacarias, que há muitos anos rezava com sua esposa para terem um filho.

Estudiosos mostram que possivelmente depois de idade adequada, João teria participado da vida monástica de uma comunidade rigorista, na qual, à beira do Rio Jordão ou Mar Morto, vivia em profunda penitência e oração. Pode-se chegar a essa conclusão a partir do texto de Mateus: "João usava um traje de pêlo de camelo, com um cinto de couro à volta dos rins; alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre".

O que o tornou tão importante para a história do Cristianismo é que, além de ser o último profeta a anunciar o Messias, foi ele quem preparou o caminho do Senhor com pregações conclamando os fiéis à mudança de vida e ao batismo de penitência (por isso “Batista”). Como nos ensinam as Sagradas Escirturas: "Eu vos batizo na água, em vista da conversão; mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu: eu não sou digno de tirar-lhe as sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo" (Mateus 3,11).

Os Evangelhos nos revelam a inauguração da missão salvífica de Jesus a partir do batismo recebido pelas mãos do precursor João e da manifestação da Trindade Santa.

São João, ao reconhecer e apresentar Jesus como o Cristo, continuou sua missão em sentido descendente, a fim de que somente o Messias aparecesse. Grande anunciador do Reino e denunciador dos pecados, ele foi preso por não concordar com as atitudes pecaminosas de Herodes, acabando decapitado devido ao ódio de Herodíades, que fora esposa do irmão deste [Herodes], com a qual este vivia pecaminosamente.

O grande santo morreu na santidade e reconhecido pelo próprio Cristo: "Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João , o Batista" (Mateus 11,11).

São João Batista, rogai por nós!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Corpus Christi

O nome vem do latim e significa Corpo de Cristo. A festa de Corpus Christi tem por objetivo celebrar solenemente o mistério da Eucaristia - o sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo.

Acontece numa quinta-feira, em alusão à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição deste sacramento. Durante a última ceia de Jesus com seus apóstolos, Ele mandou que celebrassem sua lembrança comendo o pão e bebendo o vinho que se transformariam em seu Corpo e Sangue.

"O que come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.

Porque a minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida.

O que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. O que come deste pão viverá eternamente" (Jo 6, 55 - 59).

Através da Eucaristia, Jesus nos mostra que está presente ao nosso lado, e se faz alimento para nos dar força para continuar. Jesus nos comunica seu amor e se entrega por nós.

A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. Em 1264, o papa Urbano IV através da Bula Papal "Trasnsiturus de hoc mundo", estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a Santo Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração.

Compôs o hino Lauda Sion Salvatorem (Louva, ó Sião, o Salvador), ainda hoje usado e cantado nas liturgias do dia pelos mais de 400 mil sacerdotes nos cinco continentes. A procissão com a hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca, contudo, que lea se tornou um grande cortejo de ação de graças.

No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais.

A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ale é alimentado com o próprio corpo de Cristo.

Durante a missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Estas foram as palavras de João Paulo II ao iniciar o Ano da Eucaristia

 
1. ”Sabei que estou convosco todos os dias até o fim do mundo” (Mt 28,20).

Reunidos diante da Eucaristia, experimentamos com particular intensidade neste momento a verdade da promessa de Cristo: Ele está conosco!

Saúdo-vos a todos os que estais em Guadalajara para participar na conclusão do Congresso Eucarístico Internacional. Em particular, o Cardeal Jozef Tomko, meu enviado, o Cardeal Juan Sandoval Iñiguez, Arcebispo de Guadalajara, os Senhores Cardeais, Arcebispos, Bispos e Sacerdotes do México e de outros muitos países que estão presentes.

Saúdo também todos os fiéis de Guadalajara, do México e de outras partes do mundo, unidos a nós na adoração do Mistério eucarístico.

2. A conexão televisiva entre a Basílica de São Pedro, coração da cristandade, e Guadalajara, sede do Congresso, é como uma ponte estendida entre os continentes e faz que nosso encontro de oração seja como uma “Statio Orbis” ideal, à qual se unem os crentes de todo o globo. O ponto de encontro é o próprio Jesus, realmente presente na Santíssima Eucaristia com seu mistério de morte e ressurreição, no qual se unem o céu e a terra, e se encontram os povos e culturas diversas. Cristo é “nossa paz, fazendo de nós um só povo” (Ef 2, 14).

3. “A Eucaristia, Luz e Vida do Novo Milênio”. O tema do Congresso nos convida a considerar o Mistério eucarístico, não só em si mesmo, mas também em relação aos problemas de nosso tempo.

Mistério de luz! De luz tem necessidade o coração do homem, oprimido pelo pecado, às vezes desorientado e cansado, provado por sofrimentos de todo tipo. O mundo tem necessidade de luz, na busca difícil de uma paz que parece distante no começo de um milênio perturbado e humilhado pela violência, o terrorismo e a guerra.

A Eucaristia é luz! Na Palavra de Deus constantemente proclamada, no pão e no vinho convertidos em Corpo e Sangue de Cristo, é precisamente Ele, o Senhor Ressuscitado, quem abre a mente e o coração e se deixa reconhecer, como aconteceu aos dois discípulos de Emaús “ao partir o pão” (cf Lc 24, 25). Neste gesto de convívio revivemos o sacrifício da Cruz, experimentamos o amor infinito de Deus e sentimos o chamado a difundir a luz de Cristo entre os homens e mulheres de nosso tempo.

4. Mistério de vida! Que aspiração pode ser maior que a vida? E contudo sobre este desejo humano universal se pairam sombras ameaçadoras: a sombra de uma cultura que nega o respeito da vida em cada uma de suas fases; a sombra de uma indiferença que condena a tantas pessoas a um destino de fome e subdesenvolvimento; a sombra de uma busca científica que as vezes está ao serviço do egoísmo do mais forte.

Queridos irmãos e irmãs: devemos nos sentir interpelados pelas necessidades de tantos irmãos. Não podemos fechar o coração a seus pedidos de ajuda. E tampouco podemos esquecer que “não só de pão vive o homem” (cf. Mt 4, 4). Necessitamos do “pão vivo descido do céu” (Jo 6, 51). Este pão é Jesus. Alimentarmo-nos dele significa receber a própria vida de Deus (cf. Jo 10, 10), abrindo-nos à lógica do amor e da partilha.

5. Quis que este Ano estivesse dedicado particularmente à Eucaristia. Na verdade, todos os dias, e especialmente o domingo, dia da ressurreição de Cristo, a Igreja vive deste mistério. Mas neste Ano da Eucaristia se convida à comunidade cristã a tomar consciência mais viva do mesmo com uma celebração mais sentida, com uma adoração prolongada e fervorosa, com um maior compromisso de fraternidade e de serviço aos mais necessitados. A Eucaristia é fonte e epifania de comunhão. É princípio e projeto de missão (cf. Mane nobiscum Domine, cap. III e IV).

Seguindo o exemplo de Maria, “mulher eucarística” (Ecclesia de Eucharistia, cap. VI), a comunidade cristã há de viver deste mistério. Consolidada pelo “pão da vida eterna”, há de ser presença de luz e de vida, fermento de evangelização e de solidariedade.

6. Mane nobiscum, Domine! Como os dois discípulos do Evangelho, vos imploramos, Senhor Jesus: ficai conosco!

Vós, Divino Caminhante, especialista de nossos caminhos e conhecedor de nosso coração, não nos deixeis prisioneiros das sombras da noite.

Amparai-nos no cansaço, perdoai nossos pecados, orientai nossos passos pela via do bem. Abençoai as crianças, aos jovens, aos anciãos, às famílias e particularmente aos enfermos. Abençoai aos sacerdotes e às pessoas consagradas. Abençoai a toda a humanidade.

Na Eucaristia vos fizestes “remédio de imortalidade”: dai-nos o gosto de uma vida plena, que nos ajude a caminhar sobre esta terra como peregrinos seguros e alegres, olhando sempre a meta da vida sem fim.

Ficai conosco, Senhor! Ficai conosco! Amém

Fonte: http://www.catequisar.com.br/

terça-feira, 21 de junho de 2011

Só os tolos tomam os bobos como referências de vida.



João César das Neves
 
Fala-se muito da influência de filmes, canções, videogames, publicidade, romances e outras ficções na nossa vida. Hoje a opinião midiática despreza e ridiculariza as referências morais tradicionais – pais, professores, sacerdotes, chefes e responsáveis – enquanto exalta as opiniões de artistas, bandas de música, comediantes e celebridades.
O poder da imagem parece crescente.
Foi a 30 de Outubro de 1938 que Orson Welles e o Mercury Theatre on the Air criaram um pânico nos EUA com a emissão radiofónica da novela de H. G. Wells A Guerra dos Mundos de 1898. Também o filme O Dia Seguinte, de Nicholas Meyer, emitido a 20 de Novembro de 1983 na ABC, visto por mais de cem milhões de pessoas nessa data, gerou uma depressão nacional com a descrição vívida dos efeitos de um ataque nuclear.
Atração Fatal, de Adrian Lyne (1987), com Michael Douglas e Glenn Close, teve forte impacto nos hábitos pessoais ao mostrar violência na infidelidade conjugal.
Para lá destes casos pontuais, será que as séries, filmes e canções que hoje nos inundam a vida moldam o nosso comportamento? Se o fazem, não será para o bem. As preocupações oficiais com a moralidade nos filmes perderam-se nos anos 1960, passando a liberdade de expressão a critério ético absoluto, acima de todos os valores. Como os bons exemplos e temas educativos não criam emoção, cinema e televisão entraram numa espiral imparável de crime, vício, erotismo e aberração. Tem graça que os jornais, que mais apregoam essa influência, sejam os primeiros a declarar a inocência do espectáculo quando se verificam consequências nefastas. Fica-se sem se saber se afinal tem efeitos ou não.
De fato, em grande medida, tudo não passa de uma ficção, criada no ecrã e alimentada pela imprensa. Todos aprendemos desde crianças a distinguir a vida real dos filmes, onde os coelhos sobrevivem a quedas do telhado e no fim todos vivem felizes para sempre. Efeitos comprovados da suposta influência são escassos. É verdade que o meio do espectáculo costuma ser de Esquerda, com ideologias mais românticas e fotogénicas, mas isso não explica a vida política das últimas décadas. .
Desde Plauto e Molière o efeito é nos costumes. A promoção de aborto, divórcio, promiscuidade e pornografia tem no espectáculo sólidos aliados. A enorme campanha à volta do casamento homossexual deve-se à influência dos artistas, principal meio poderoso e endinheirado onde essa orientação domina. Assim se entende que uma questão que interessa apenas a ínfima minoria, com implicações só na imagem, consiga mudar em poucos anos as regras seculares das sociedades. O suicídio coletivo do Ocidente por destruição da família sustenta-se por este meio.
Esse poder traz horríveis efeitos sobre os próprios. O filme Sunset Boulevard, de Billy Wilder (1950), com William Holden, Gloria Swanson e Erich von Stroheim, revelou a miséria humana escondida atrás do brilho de figurinos e cenários. O mundo da fama efémera será sempre falso e abusador, quando não corrupto e criminoso.
Resistimos a esse poder não entrando no enredo.
A Forbes Magazine declarou a 18 de Maio Lady Gaga a celebridade mais poderosa do ano. Elton John, de 64 anos, e o seu parceiro David Furnish, de 48, foram nomeados candidatos ao prémio de Pai do Ano pela The Premier Inn Celebrity, devido ao bebé nascido há cinco meses de barriga de alugueL. Que significa isto? Nada. Meros truques mediáticos que escondem mal a miséria de pessoas infelizes, embriagadas ou sacrificadas à imagem.
O poder da ficção é grande, mas somos livres de lhe resistir como a qualquer um que nos queiram impor. Más influências sempre houve, como sempre existiu a capacidade de as enfrentar seguindo as tradições e referências morais. Só os tolos tomam os bobos como referências de vida.
postado originalmente em:http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/24760-so-os-tolos-tomam-os-bobos-como-referencias-de-vida
Adoração Eucarística: Exposição e bênção

Sendo o pão uma comida que nos serve de alimento e conserva sendo guardada, Jesus Cristo quis ficar na terra sob as espécies de pão para servir de alimento às almas que o recebem na sagrada Comunhão, e também para ser conservado no sacrário e tornar-se presente no meio de nós, manifestando-nos por este eficacíssimo meio o amor que tem por nós.

Em toda forma de culto a este Sacramento é preciso levar em conta que sua intenção deve ser uma maior vivência da celebração eucarística. As visitas ao Santíssimo, as exposições e bênçãos devem ser um momento para aprofundar na graça da comunhão, raisar nosso compromiso com a vida cristã; a verificação de cada um frente a Palavra do Evangelho, juntar-se ao silencioso mistério do Deus calado... Esta dimensão individual do tranqüilo silêncio da oração, estando diante dele no amor, deve impulsionar a contrastar a verdade da oração, no encontro dos irmãos, aprendendo a estar com eles na comunicação fraternal.

A EXPOSIÇÃO

A exposição e bênção com o Santíssimo Sacramento é um ato comunitário no qual deve estar presente a celebração da Palavra de Deus e o silêncio contemplativo. A exposição eucarística ajuda a reconhecer nela a maravilhosa presença de Cristo ou convida à união mais íntima com ele, que adquire seu cume na comunhão Sacramental.

Tendo-se reunido o povo, e, se oportuno, tendo iniciado algum cântico, o ministro se aproxima do altar. Se o Sacramento não está reservado no altar da exposição, o ministro, com o pano de ombros o traz do lugar da reserva, acompanhado por acólitos ou por fiéis com velas acesas.
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O copão ou a custódia deve ser colado sobre o altar coberto com manto; mas se a exposição se prolongar durante algum tempo e se for feita com a custódia, pode ser usado o manifestador, colocado em um lugar mais alto, mas tendo cuidado de que não fique muito alto nem distante. Se a exposição é feita com a custódia, o ministro incensa o Santíssimo, logo se retira, se a adoração vai se prolongar por algum tempo.

Se a exposição é solene e prolongada, a hóstia deve ser consagrada para a exposição, na Missa que antes for celebrada, e será colocada sobre o altar, na custódia, depois da comunhão. A Missa concluirá com a oração depois da comunhão, omitindo os ritos de conclusão. Antes de retirar-se do altar, o sacerdote, se achar oportuno, colocará a custódia e fará a incensação.

A ADORAÇÃO

Durante o tempo da exposição, será feitas orações, cantos e leituras, de tal sorte que os fiéis, recolhidos em oração, se dediquem exclusivamente a Cristo Senhor.

Para alimentar uma profunda oração, devem ser aproveitadas as leituras da sagrada Escritura, com a homilia, ou breves exortações, que promovam um maior apreço do mistério eucarístico. É também conveniente que o fiéis respondam à palavra de Deus, cantando. Também é necessário guardar piedoso silêncio nos momentos oportunos.

Perante o Santíssimo Sacramento exposto por longo tempo, pode também se celebrar alguma parte, especialmente as horas mais importantes da Liturgia das Horas; por meio desta recitação se prolonga às diversas horas do dia o louvro e a ação de graças tributadas a Deus na celebração da Missa, e as súplicas da Igreja se dirigem a Cristo e por Cristo ao Pai, em nome de todo o mundo,

ORAÇÃO

Ó Hóstia Salutar

Que abres a porta do céu,

Contra guerras inimigas

Dais fortaleza e auxílio.

Ao Senhor uno e trino

Glória perpétua.

A vida sem fim

Nos dê Ele na pátria.

Amém.

A BÊNÇÃO

No final da adoração, o sacerdote ou o diácono se aproxima do altar; faz genuflexão, se ajoelha e inicia este hino ou outro canto eucarístico:

Canta, ó língua minha,

o mistério do Corpo glorioso

e do Sangue precioso,

que o Rei dos povos,

filho da mais nobre das mães,

derramou em resgate do mundo.

Nos foi dada, nos nasceu

de uma Virgem sem mancha;

e depois de passar sua vida no mundo,

uma vez espalhada a semente

de sua palavra,

terminou o tempo de seu desterro

dando uma admirável disposição.

Na noite da ultima ceia,

sentado à mesa com os irmãos,

depois de observar

plenamente a lei

sobre a comida,

se dá com suas próprias mãos

como alimento para os Doze.

O Verbo feito carne

transforma com sua palavra

o pão verdadeiro em sua carne,

e o vinho puro se converte

no sangue de Cristo.

E ainda que falhe os sentidos,

basta apenas a fé

para confirmar ao coração

reto nessa verdade.

Na presença pois de um Sacramento tão grandes

prostremo-nos por terra e adoremos

Que os velhos símbolos

dêem lugar ao novo rito;

e que a fé iliumine e complete o que falta nos sentidos para o entender.

Ao Pai e ao Filho

sejam dados louvor e júbilo,

saúde, honra, poder

e bênção;

uma glória igual seja dada

ao que de um e de outro

procede. Amém

Enquanto isso, ajoelhado, o ministro incensa o Santíssimo Sacramento, se a exposição for feita com a custódia.

V. Do céus lhes deste o Pão. (T.P. Aleluia).

R. Que contém em si todo o sabor. (T.P. Aleluia).

Em seguida coloca-se de pe é diz:

Oremos

Ó Deus, que neste admirável sacramento nos deixaste o memorial de tua Paixão, te pedimos nos concedas venerar de tal modo os sagrados mistérios de teu Corpo e teu Sangue, que experimentemos constantemente o fruto de tua redenção. Tu que vives e reinas pelos séculos dos séculos.

R. Amém

Fonte: http://www.catequisar.com.br/

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Porque a Eucaristia é um sacrifício?

A Eucaristia é, acima de tudo, um sacrifício: sacrifício da Redenção e ao mesmo tempo sacrifício da Nova Aliança. O homem e omundo são restituídos a Deus por meio da novidade pascal da Redenção. Esta restituição não pode faltar: é fundamento da "aliança nova e eterna" de Deus com o homem e do homem com Deus. Se chegasse a faltar, seria preciso rever seja a excelência do sacrifício da Redenção que foi perfeito e definitivo, ou o valor sacrificial da Santa Missa. Portanto a Eucaristia, sendo verdadeiro sacrifício, obra essa restituição de Deus.

Neste sentido, o celebrante, enquanto ministro do sacrifício, é o autêntico sacerdote, que realiza –em virtude do poder específico da sagrada ordem- o verdadeiro ato sacrificial que leva  novamente os homens a Deus. Ao contrário, todos aqueles que participam da Eucaristia, sacrificam-se como ele, oferecem com ele, em virtude do sacerdócio comum, seus próprios sacrifícios espirituais, representados pelo pão e o vinho, desde o momento de sua apresentação no altar.

Efetivamente, este ato litúrgico solenizado por quase todas as liturgias, "tem seu valor e seu significado espiritual". O pão e o vinho se convertem em certo sentido em símbolo de tudo o que leva a assembléia eucarística, por si mesma, em oferenda a Deus e que oferece em espírito. É importante que este primeiro momento da liturgia eucarística, em sentido estrito, encontra sua expressão no comportamento dos participantes. A isto corresponde a chamada procissão da oferendas, prevista pela recente reforma litúrgica e acompanhada, segundo a antiga tradição, por um salmo ou cântico.

Todos os que participam com fé da Eucaristía se dão conta de que ela é Sacrificium", isto é, uma "Oferenda consagrada". Com efeito, o pão e o vinho, apresentados no altar e acompanhados pela devoção e pelos sacrifícios espirituais dos participantes, são finalmente consagrados, para que se convertam verdadeira, real e substancialmente no Corpo entregado e no Sangue derramado de Cristo mesmo. Assim, em virtude da consagração, as espécie de pão e vinho, "re-presentam", de modo sacramental e incruento, o Sacrifício propiciatório oferecido por Ele na cruz ao Pai para a salvação do mundo

Fonte: http://www.catequisar.com.br/

domingo, 19 de junho de 2011

O que é a Eucaristia?

A Eucaristia é a consagração do pão no Corpo de Cristo e do vinho em seu Sangue que renova mística e sacramentalmente o sacrifício de Jesus na Cruz. A Eucaristia é Jesus real e pessoalmente presente no pão e no vinho que o sacerdote consagra. Pela fé cremos que a presença de Jesus na Hóstia e no vinho não é só simbólica, mas real; isto se chama o mistério da transubstanciação já que o que muda é a substância do pão e do vinho; os accidente—forma, cor, sabor, etc.— permanecem iguais.

A instituição da Eucaristia, aconteceu durante a última ceia pascal que celebrou com seus discípulos e os quatro relatos coincidem no essencial, em todos eles a consagração do pão precede a do cálice; embora devamos lembrar, que na realidade histórica, a celebração da Eucaristia ( Fração do Pão ) começou na Igreja primitiva antes da redação dos Evangelhos.

Os sinais essenciais do sacramentos eucarístico são pão de trigo e vinho da videira, sobre os quais é invocada a bênção do Espírito Santo e o presbítero pronuncia as palavras da consagração ditas por Jesus na última Ceia: "Isto é meu Corpo entregue por vós... Este é o cálice do meu Sangue..."

Encontro com Jesus amor

Necessariamente o encontro com Cristo Eucaristia é uma experiência pessoal e íntima, e que supõe o encontro pleno de dois que se amam. É, portanto, impossível generalizar sobre eles. Porque só Deus conhece os corações dos homens. Entretanto, sim devemos transluzir em nossa vida, a transcendência do encontro íntimo com o Amor. É lógico pensar que quem recebe esta Graça, está em maior capacidade de amar e de servir ao irmão e que além disso, alimentado com o Pão da Vida deve estar mais fortalecido para enfrentar as provações, para encarar o sofrimento, para contagiar sua fé e sua esperança. Em fim, para levar a feliz término a missão, a vocação, que o Senhor lhe dá.

Se apreciássemos de veras a Presença de Cristo no sacrário, nunca o encontraríamos sozinho, acompanhado apenas pela lâmpada Eucarística acesa, o Senhor hoje nos diz a todos e a cada um, o mesmo que disse aos Apóstolos "Com ânsias desejei comer esta Páscoa convosco " Lc.22,15. O Senhor nos espera ansioso para entregar-se a nós como alimento; somos conscientes disso, de que o Senhor nos espera no Sacrário, com a mesa celestial servida.? E nós, por que o deixamos esperando.? Ou é por acaso, quando vem alguém de visita a nossa casa, o deixamos na sala e vamos nos ocupar de nossas coisas?

É exatamente isso o que fazemos em nosso apostolado, quando nos enchemos de atividades e nos descuidamos na oração diante do Senhor, que nos espera no Sacrário, preso porque nos "amou até o extremo" e resulta que, por quem se fez o mundo e tudo o que nele habita (nós inclusive) encontra-se ali, oculto aos olhos, mas incrivelmente luminoso e poderoso para saciar todas nossas necessidades.

Fonte: http://www.catequisar.com.br/

sábado, 18 de junho de 2011

São Gregório Barbarigo

Nasceu em Veneza no ano de 1625 dentro de uma família nobre, que proporcionou a ele uma formação intelectual muito boa e também integral.

Ele conheceu o Cristianismo através do testemunho de sua família. Seguir a Cristo supõe renúncia, cruz, decisões grandes e pessoais.

No meio dos estudos ele se tornou um diplomata europeu e, ali, dava testemunho de Igreja e Cristianismo, mas dentro de si havia o chamado ao sacerdócio.

Deixou tudo: bens e carreira e foi ordenado sacerdote. Tornou-se cada vez mais um servo na Igreja e foi escolhido para ser assessor do Papa. Não demorou muito e ele foi ordenado Bispo de Bérgamo (onde fez um maravilhoso trabalho apostólico). Em seguida foi transferido para Pádua, onde cuidou principalmente da formação do Clero, para colocar em prática todas as decisões do Concilio de Trento.

Era um homem de oração. Não existirá um santo na Igreja que não tenha vivido seriamente a vida penitencial e a vida de oração.

São Gregório era um homem de grandes atividades, porque tinha grande intimidade com o Senhor. Tantos trabalhos teve que, com 72 anos, foi atestada a sua morte. Morreu de tanto trabalhar.

São Gregório Barbarigo, rogai por nós!

Fonte: http://www.cancaonova.com/

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Karla Adryana lança livro na Sexta Cultural da Câmara de Palmas

                                                foto:Ascom Câmara

A psicopedagoga Karla Adryana Leitão Azevedo lança na Sexta Cultural da Câmara de Palmas, nesta sexta-feira, 17, às 10 horas, o livro “Silêncio Revelador”. Com 39 anos, Karla, que é funcionária concursada da Câmara, nasceu em Goiânia, mas veio para o Tocantins ainda bebê. Morou em Novo Acordo até 1989, quando se mudou para Palmas, tornando-se uma das pioneiras da nova Capital.

O livro conta a incrível recuperação de Karla, que, aos 25 anos, sofreu um acidente vascular celebral (AVC), quando estava grávida de dois meses. O bebê nasceu quando a escritora em coma. Karla ficou tetraplégica por anos, mas sobreviveu e conta a história nesta obra.

Confira a seguir avaliações sobre o livro:

“Temos em mãos o livro que mostra o íntimo de uma pessoa que, por ter sido vítima de uma grande enfermidade, passou um longo período de sua existência em profundo estado de coma, naquele limiar entre a vida e a morte, que muitos desejam perscrutar, levados pela curiosidade da busca do infinito . A leitura é agradável e verdadeira. Isto porque a autora produz um texto claro , de fácil compreensão para os seus leitores, os quais vão ser testemunhas de medos e aspirações, de receios e sonhos, de mazelas e progressos, físicos e espirituais, lançados no relato.”

Eduardo Silva de Almeida
Presidente da Academia Tocantinense de Letras

"A prova é este livro, tão sincero, tão cheio de bondade e ensinamentos, fluindo como sereno regato cristalino em busca de águas maiores até atingir a totalidade oceânica. Considero a autora determinada em repartir os frutos de sua sofrida colheita com aqueles que tiveram a oportunidade de ler seu livro Silêncio Revelador.”

Odir Rocha
Médico, escritor, membro da Academia Tocantinense de Letras, presidente da Academia Palmense de Letras e ex-prefeito de Palmas

As Glórias da Virgem Maria segundo as Escrituras.


- Muitas e grandiosas são as glórias de Maria Santíssima, pelas quais não cessam de propagar e cantar seus louvores todos os seus servos. Não apenas os anjos e santos nos céus, mas também nós os pecadores glorificamos com confiança todos os dias a tão excelsa mãe. Não podia portanto, a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, calar-se a respeito da mais sublime de todas as criaturas. Apresentaremos um pequeno resumo de como as Sagradas Escrituras exaltam e testemunham às glórias de Nossa Senhora.

"Entrando o anjo disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo’"  ( Lc 1, 28 )

Eis, proclamado pelo próprio anjo Gabriel, o privilégio extraordinário da Imaculada Conceição de Maria e sua santidade perene. Quando a Igreja chama Maria de "Imaculada Conceição" quer dizer que a mesma, desde o momento de sua concepção foi isenta - por graça divina - do pecado original. Se Maria Santíssima tivesse sido gerada com o pecado herdado de Adão ou tivesse qualquer pecado pessoal, o Arcanjo Gabriel teria mentido chamando-a de "cheia de graça". Pois, onde existe esta "graça transbordante" não pode coexistir o pecado. Por isso, esta boa Mãe é também chamada pelos seus servos de "Santíssima Virgem". Os santos ensinaram que não convinha a Jesus Cristo, o Santíssimo, ser gerado e nascer de uma criatura imperfeita e pecadora. Como podia o Santíssimo Deus, Jesus Cristo, ser engendrado num receptáculo que não fosse digno Dele? Pois, Ele mesmo, ensina no Evangelho, que não se coloca vinho novo e bom em odres velhos e defeituosos (Lc 5, 37 ). Eis porque, o Criador elevou Maria, este "Vaso Insigne de Devoção", a tão grande santidade.

"Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra"  ( Lc 1, 38 )
Maria, ao dizer seu "sim" incondicional ao convite de Deus, introduz no mundo o Verbo Divino, Jesus Cristo. E, fato assombroso: a criatura gera o seu Criador segundo a natureza humana. Jesus poderia ter vindo ao mundo de diversos modos. Mas, Deus a ama tanto, que quis precisar nascer e depender dela, enquanto homem. Maria, com sua sagrada gravidez inicia o restabelecimento da amizade entre Deus e os homens, conforme está escrito: "Por isso, Deus os abandonará, até o tempo em que der à luz aquela que há de dar à luz" ( Miq 5,2 ). Com este "sim" incondicional ao projeto de Deus, Maria cumpre também, a primeira de todas as profecias bíblicas. Pois o Criador disse à serpente: "Porei inimizade entre você e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar" ( Gn 3, 15). O texto evidentemente faz alusão à Maria. Pois qual mulher poderia ferir a cabeça do demônio? Somente aquela que trouxe ao mundo o Salvador, Cristo Jesus. Maria ao aceitar a missão que Deus lhe confiava e ao gerar a Jesus Cristo "feriu" a cabeça do inimigo. O inimigo por sua vez, agindo na pessoa de Herodes, dos algozes do Calvário e ainda hoje nos adversários de Cristo, continuamente lhe "fere o calcanhar". Assim, esta Doce Princesa iniciou a devastação do reino de Satanás. Reino de Morte que será destruído totalmente pelo seu filho Jesus Cristo, nosso Único Senhor.

"Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada" ( Lc 1, 48 )

Os santos proclamam a profunda intimidade dela com a Santíssima Trindade: Filha de Deus Pai, esposa do Espírito Santo, mãe de Deus Filho! O Espírito Santo profetiza pelos lábios de Maria, que daquele momento em diante de geração em geração, isto é, para sempre, todos os cristãos proclamariam sua bem-aventurança. Feliz religião que a enaltece e a glorifica! Felizes os seus filhos que exaltando-a e enaltecendo-a cumprem fielmente esta profecia.

"Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe do meu Senhor ? " ( Lc 1, 43 )

Isabel, mulher idosa e santa, esposa de Zacarias, mãe de João Batista desmancha-se em elogios àquela jovem que foi até sua casa para servir! Que lição de humildade a tantas pessoas que com sua "sabedoria" (que na verdade é pestífera loucura) evitam tributar à Santa Mãe de Deus os louvores que ela merece, temendo que isto diminua à glória devida a Jesus Cristo. Esquecem então, que o Espírito Santo mesmo ensina, que o louvor dirigido aos pais é grande honra para o filho (conf. Eclo 3, 13 ). Preferem portanto, os verdadeiros filhos de Maria, em todos os tempos, lugares e momentos, exaltarem a Virgem, imitando o exemplo de Santa Isabel, para serem seguidores fiéis da Sagrada Escritura.

"Pois assim que a voz da tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio" ( Lc 1, 44 )

Cristo testemunhou a respeito de João Batista: "dos nascidos de mulher nenhum foi maior que João" ( cf. Lc 7 28 ). Pois bem. Este mesmo João Batista, que Jesus Cristo declara ter sido maior que todos os Patriarcas, Profetas e Santos do Antigo Testamento, ao ouvir a doce voz de Maria "estremeceu de alegria". O Espírito Santo, que nele habitava, exultou de alegria ao ouvir a voz da doce Mãe! Não é, pois justo, a nós que somos os últimos de todos, exultar de alegria ao ouvir o doce nome de Maria? Não nos é sumamente necessário imitar o Espírito Santo? Não é proveitoso para os cristãos imitarem o gesto de São João Batista?

Bendito os servos de Deus, que não se cansam de se alegrar e cantar os louvores desta Senhora, imitando assim o gesto do Divino Esposo e de São João Batista, o maior profeta da Antiga Aliança.

"E uma espada transpassará a tua alma" ( Lc 2, 35 )

Uma lança transpassou o coração do Cristo na Cruz. Uma espada de dor transpassou o coração de Maria no Calvário! Deus revela ao profeta Simeão, como Nossa Senhora estaria intimamente ligada a Jesus Cristo no momento da Sagrada Paixão. Ninguém em toda a terra, em todos as épocas, esteve mais intimamente ligado a Jesus naquele dramático momento que sua Santíssima Mãe. Portanto que, junto com o sacrifício expiatório, doloroso e único de Jesus Cristo, no Calvário, subiu também aos céus, como oferta agradabilíssima diante de Deus, o sacrifício doloroso de Nossa Senhora.

"Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: ‘Eles não tem mais vinho’. Respondeu-lhe Jesus: ‘Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou’. Disse então sua mãe aos serventes: ‘Fazei o que ele vos disser’" ( Jo 2, 3 – 5 )

Na festa do casamento de Caná, Jesus iniciou seu ministério. Ministério, aliás, composto por pregação e "obras" (milagres). A Santíssima mãe percebeu a dificuldade daquela família, que não tinha vinho para os convidados. A boa Senhora é vigilante, e os servos dela sabem, que ela vigia sobre eles, mesmo quando não se apercebem dessa vigilância. Jesus afirmou então claramente a Maria que, ainda não era o momento para iniciar seu ministério com um prodígio, pois disse: "minha hora ainda não chegou". A Santíssima mãe, conhecendo profundamente o filho, mesmo diante da aparente recusa, o "obriga" docemente a antecipar sua missão. E assim, sem discussão, na mais plena confiança, diz aos serventes: "façam o que ele lhes disser". Grandíssima confiança! Assim, aquela que o introduziu no mundo segundo a carne, o introduz agora no seu ministério, pela sua intercessão. Feliz a família que tiver por mãe esta doce Senhora. Sua intercessão é infinitamente mais eficaz do que as orações de todos os santos que pedem sem cessar pelos habitantes da terra ( conf. Ap 6, 9-10 . 8, 3-4 ; II Mac 15,11-16 ).

"Disse-lhe alguém: ‘Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar-te’. Jesus respondeu: ‘Quem são meus irmãos e minha mãe? (...) Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Todo aquele que faz a vontade de meu Pai, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe’ . ( Mt 47, 49-50 )


Somente pertencemos a Cristo na medida em que pertencermos à nossa Mãe Santíssima. "Quem são meus irmãos e minha mãe?" pergunta o Cristo. E aponta para os seus discípulos: "eis aqui a minha família!". E, doravante, somente os que forem discípulos do mestre, ouvindo as suas palavras e as cumprindo poderão pertencer plenamente a esta família. Por isto, como doce discípula Maria "conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração" ( Lc 2, 19.51). Meditava e as guardava! Eis o exemplo da perfeita discípula. Maria, com efeito, não é mãe apenas na carne, mas na vida toda, na alma e na total obediência ao seu Divino Filho.

Alguns, que não amam suficientemente a Santíssima Virgem, usam estes versículos acima, justamente contra ela, tentando convencer-nos de que Jesus a teria desprezado naquele momento. Esses "estudiosos" esquecem que Jesus jamais desprezaria sua mãe, conforme ensina o próprio Espírito Santo: "Apenas o filho insensato despreza sua mãe" ( Pr 15, 20 ). E assim, com esta interpretação desastrosa, que espalham ardorosamente, ofendem não apenas a boa Mãe, como blasfemam contra Jesus Cristo, como se o mesmo fosse violador do sagrado mandamento: "Honra teu Pai e tua Mãe" ( Ex 20,12 e Deut 5,16 ).

"Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: ‘Mulher, eis aí teu filho’. Depois disse ao discípulo: ‘Eis aí tua mãe’" ( Jo 19, 26-27 )

O apóstolo João aos pés da cruz, o único discípulo presente, representava todos os discípulos. Neste momento, Jesus consagrou Maria, Mãe espiritual dos apóstolos. Mais ainda: João representava também, todos os homens e mulheres, de todos os lugares e de todos os tempos, que a partir daquele momento ganharam Maria como sua Mãe espiritual. Isto está de acordo com o testemunho deste mesmo apóstolo, que em outra parte diz: "O Dragão se irritou contra a mulher (Maria) (...) e sua descendência, aqueles que guardam os mandamentos de Deus (...)" ( Ap 12, 17 ).

Maria Santíssima não teve outros filhos naturais. Permaneceu sempre virgem, como era do conhecimento universal dos primeiros cristãos até os nossos dias. Mas, muitos insistem em "presenteá-la" com filhos naturais que ela não teve. Fazem isto, para diminuírem a glória de Jesus Cristo, bem como para esvaziarem Maria de sua maternidade universal. Se Jesus tivesse irmãos carnais, não teria entregue sua Mãe aos cuidados de João Evangelista. Seus próprios irmãos naturais cuidariam dela, como era dever sacratíssimo na época e ainda hoje. Além disso, citam aqueles que não amam a Virgem Maria algumas passagens bíblicas como a seguinte: "Não se chama a sua mãe Maria e os seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?" ( Mt 13,55 ), querendo com isto provar que Nossa Senhora teve outros filhos. Esquecem ou ignoram, que nos tempos de Cristo, todos os parentes eram chamados "irmãos". E a própria Bíblia prova isto, pois dos quatro "irmãos" acima citados, lemos que a verdadeira mãe de Tiago e José era uma outra Maria, irmã de Nossa Senhora e casada com Cleofas ( Jo 19,25 e Mc 15,40 ). E que Judas era irmão de Tiago Maior ( Jud 1,1 ) filho de Alfeu ( Mt 10, 2-4 ). Ora Cleofas e Alfeu designam a mesma pessoa, pois são formas gregas do aramaico Claphai. Segundo o historiador Hegesipo (século II) este Claphai era irmão de S. José. Logo não eram filhos naturais de Maria e José. Eram de sua parentela, mas não de sua filiação. Além disso, os primeiros cristãos, que conheceram Jesus e os apóstolos, nos escritos que nos deixaram, todos testemunharam que Maria sempre permaneceu virgem, não tendo jamais outros filhos. Sobre estes inventores de novidades a Bíblia nos previne: "Haverá entre vós falsos profetas (...) muitos seguirão as suas doutrinas dissolutas (...) e o caminho da verdade cairá em descrédito" ( II Pe 2, 1-2 ).

"E desta hora em diante o discípulo a levou para a sua casa" ( Jo 19, 27 )

Daquela hora em diante, S. João levou a Santa Mãe para sua casa. Primeiramente para sua "casa espiritual", sua alma. Esse é o motivo pelo qual era o discípulo que Jesus mais amava. Porque também, era o discípulo mais afeiçoado a Maria. Depois, levou-a para sua casa material, seu lar. Assim também, o verdadeiro filho de Nossa Senhora, a exemplo de S. João, deve levar esta boa mãe para seu "lar espiritual", no recesso mais íntimo de nossa vida espiritual. E convidá-la também para habitar nossas casas, onde sua presença maternal poderá ser recordada através de quadros e imagens. Estas imagens serão para os servos de Maria, uma lembrança contínua e consoladora de sua presença e proteção, da mesma forma que o próprio Deus, antigamente, consagrou o uso das sagradas imagens e esculturas no culto divino ( conf. Nm 21, 8-9 ; Ex 25, 18-20 ; I Reis 6,23-28 etc ), para recordar, a sua presença amorosa no meio do seu povo, Israel.

"Todos eles perseveravam unanimemente em oração, juntamente com as mulheres, entre elas Maria mãe de Jesus, e os irmãos dele" ( At 1,14 ).
No cenáculo, no dia de Pentecostes, Maria juntamente com os discípulos suplicavam para que viesse o Espírito Santo sobre todos. E assim, foi fundada a Igreja naquele dia. Maria, uma vez tendo introduzido o Cristo no mundo, depois tendo inaugurado seu ministério nas bodas de Caná, agora intercede, introduzindo e inaugurando a ação do Espírito Santo sobre a Igreja nascente. Eis a mãe da Igreja com seus filhos.

"Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida de sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas" ( Ap 12, 1)

No Apocalipse, João contempla nesta visão três verdades a respeito de Maria: sua Assunção, sua glorificação, sua maternidade espiritual. O Apocalipse afirma que esta mulher "estava grávida e (...) deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações..." ( Ap 12, 2.5 ). Qual mulher, que de fato, esteve grávida de Jesus senão a Santíssima Virgem? ( conf. Is 7, 14 ). Muitos contestam, dizendo que esta mulher é símbolo da Igreja nascente. Mas, a Igreja nunca esteve "grávida" de Jesus Cristo. Não é a Igreja que nos gerou Cristo. Antes, foi Ele que gerou a Igreja. Foi Ele que a estabeleceu e a sustentou. E para provar que esta mulher é exclusivamente Nossa Senhora, em outro lugar está escrito: "O Dragão (...) perseguiu a Mulher que dera à luz o Menino" ( Ap 12, 13 ). A Igreja teria dado à luz a um Menino? Evidente que não! Portanto esta mulher refulgente é unicamente Nossa Senhora, pois foi ela unicamente que gerou "o menino" prometido nas Escrituras: "O povo que andava nas trevas viu uma grande luz (...) Porque nasceu para nós um menino (...) e Ele se chama Conselheiro Admirável, Deus Forte, Pai para Sempre, Príncipe da Paz" ( Is 9, 1-5 ).

Também as Sagradas Letras, nos dizem que ela se encontrava com "dores, sentindo as angústias de dar à luz" ( Ap 12, 2 ). Essas dores e angústias foram as dificuldades que cercaram aquele bendito parto: a viagem desconfortável, o frio, a humilhação, a pobreza, a falta de hospedagem.

Diz ainda: "(o Dragão) deteve-se diante da Mulher que estava para dar à luz (...) para lhe devorar o Filho (...) A Mulher fugiu para o deserto, onde (...) foi sustentada por mil duzentos e sessenta dias" ( Ap 12, 4.6 ). De fato, o demônio atentou contra a vida de Jesus desde seu nascimento, na pessoa do perseguidor Herodes. Maria fugiu então com o filho para o deserto ( Egito ). Lá ficou por aproximadamente mil e duzentos e sessenta dias ( três anos e meio ). Ou seja, do ano 7 AC, ano do nascimento de Jesus, conforme atualmente se acredita, até março-abril do ano 4 AC, ano da morte de Herodes. Perfazendo os três anos e meio de exílio, nos quais a Sagrada Família foi sustentada pela Providência Divina.

Portanto, todos esses versículos, confirmam três verdades referentes à Maria: sua assunção aos céus. Pois o apóstolo a contempla revestida de sol, já estabelecida desde agora na glória prometida aos justos pelo seu Filho, quando disse "Os justos resplandecerão como o sol" ( Mt 13,43 ).

Confirma incontestavelmente sua realeza espiritual, pois a mesma se apresenta coroada com doze estrelas, símbolo das doze tribos de Israel e dos doze apóstolos. Portanto, Rainha do Antigo e do Novo Testamento.

Por fim confirma sua maternidade espiritual, pois diz o Espírito Santo: " ( O Dragão ) se irritou contra a Mulher ( Maria ) e foi fazer guerra ao resto de sua descendência ( seus filhos espirituais ), os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus" ( Ap 12, 17 ).

Somos de sua descendência apenas se nos comprometermos com o Cristo Jesus, guardando os seus mandamentos e testemunhando-o como nosso Único e Suficiente Senhor e Salvador. Graças!

Udson R. Correia e Tirsiley Débora F. Correia.

Postado originalmente:http://www.comshalom.org/formacao/exibir.php?form_id=2869
Corpus Christi - Origem da Celebração

A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.

Em 1264, o Papa Urbano IV através da Bula Papal “Trasnsiturus de hoc mundo”, estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração. Compôs o hino “Lauda Sion Salvatorem” (Louva, ó Sião, o Salvador), ainda hoje usado e cantado nas liturgias do dia pelos mais de 400 mil sacerdotes nos cinco continentes.

A procissão com a Hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca, contudo, que ela se tornou um grande cortejo de ação de graças.

No Brasil

No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais.

A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento.

A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.

Durante a Missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.

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