segunda-feira, 28 de março de 2011

Perigos para a fé hoje

O grande tesouro da fé nós o guardamos em vasos de cristal, muito frágeis. É sempre de novo necessário repetir a humilde oração do pai do menino, curado por Jesus: “Eu tenho fé, mas ajuda a minha falta de fé” (Mc 9, 24). Essa graça do Espírito de Jesus, de poder dizer de coração “eu creio, Senhor” é um dom inestimável.

À medida que procuramos praticar o que cremos, na proporção em que oramos e procuramos esclarecer pontos mal compreendidos, a fé cresce e influencia sempre mais a vida. Mas também pode ocorrer o inverso. Por omissões nossas, por interferências estranhas, podem as nossas convicções religiosas perder consistência. O vaso é quebrado e seu precioso conteúdo se perde.

E aí encontramos gente de coração seco, de mentes desprovidas de horizontes, de vidas desmotivadas para objetivos reais. Quero expor em seguida, de maneira sucinta, dois graves perigos que ameaçam as riquezas da nossa fé (que essencialmente consiste em aceitar Cristo como Salvador e Filho de Deus).

1 – Nos dias de hoje, não raramente, a ideologia positivista entra, subrepticiamente, para prejudicar a vivência religiosa. Comte, iludidamente ensinou que a humanidade teve três tempos. A primeira teria sido a fase teológica. A segunda a metafísica, e a terceira (definitiva) a positiva. Os pensadores posteriores mostraram que esses três estágios são simultâneos, e podem conviver na mesma pessoa . Mas nos dias atuais entrou o neo-positivismo, que só aceita como realidade aquilo que manifesta o mundo perceptível. Quem não é mais capaz de se alçar ao pensamento metafísico, não consegue mais crer na divindade, e nos valores invisíveis. Só vale a experiência concreta. Tais pessoas “vivem como se Deus não existisse”, analisa São Paulo.

2 – Deus me livre de abrir litígio com os professores de Faculdades. Eles ajudam a levantar o país, e formam legiões de brasileiros úteis para o nosso tempo. Mas alunos vieram se queixar de certo professor, uma dessas “almas secas”, por obrigar os alunos a ler livros, não sobre as provas da existência de Deus, de Aristóteles, mas publicações abertamente contrárias à fé, forçando-os a apresentar seu resumo em aula. E ainda mais, mandando fazer “trabalhos escolares”, que abordam temas em aberta contradição com as convicções religiosas do aluno. E se não fizer, vai haver diferença nas notas e avaliações... Você já ouviu falar disso? O cristão culto não afunda com tais invectivas. Mas há os que se perdem. “Só quem perseverar até o fim será salvo” (Mt 10, 22).

Por: Dom Aloísio Roque Oppermann

SCJ Arcebispo de Uberaba-MG

domingo, 27 de março de 2011

SANTO DO DIA

São Ruperto

O santo de hoje foi um grande apóstolo da Baviera, Alemanha. A pedido do rei, foi convidado a evangelizar a França, e fez este belo trabalho. Após ser eleito bispo, a corte da Baviera o chamou, convidando-o também a evangelizar aquelas terras.

Juntamente com o apoio do rei pôde ter o apoio de muitos religiosos, inclusive de sua irmã, que também era consagrada.

São Ruperto evangelizou a muitos, fazendo a Boa Nova chegar às altas autoridades, ao ponto do sucessor do rei já ser evangelizado.

Antes de sua última Santa Missa, sua irmã ouviu sua oração de entrega: “Pai, em Tuas mãos eu entrego o meu espírito”.

Em toda sua vida, e também na morte, viveu entregue a Deus.

São Ruperto, rogai por nós!

Fonte: http://www.cancaonova.com/

sexta-feira, 25 de março de 2011

Anunciação do Senhor

Neste dia, a Igreja festeja solenemente o anúncio da Encarnação do Filho de Deus. O tema central desta grande festa é o Verbo Divino que assume nossa natureza humana, sujeitando-se ao tempo e espaço.

Hoje é o dia em que a eternidade entra no tempo ou, como afirmou o Papa São Leão Magno: "A humildade foi assumida pela majestade; a fraqueza, pela força; a mortalidade, pela eternidade."

Com alegria contemplamos o mistério do Deus Todo-Poderoso, que na origem do mundo cria todas as coisas com sua Palavra, porém, desta vez escolhe depender da Palavra de um frágil ser humano, a Virgem Maria, para poder realizar a Encarnação do Filho Redentor:

"No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem e disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.’ Não temas , Maria, conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Maria perguntou ao anjo: ‘Como se fará isso, pois não conheço homem?’ Respondeu-lhe o anjo:’ O Espírito Santo descerá sobre ti. Então disse Maria: ‘Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tu palavra’" (cf. Lc 1,26-38).

Sendo assim, hoje é o dia de proclamarmos: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1,14a). E fazermos memória do início oficial da Redenção de TODOS, devido à plenitude dos tempos. É o momento histórico, em que o SIM do Filho ao Pai precedeu o da Mãe: "Então eu disse: Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade" (Hb 10,7). Mas não suprimiu o necessário SIM humano da Virgem Santíssima.

Cumprindo desta maneira a profecia de Isaías: "Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco" (Is 7,14). Por isso rezemos com toda a Igreja:

"Ó Deus, quisestes que vosso Verbo se fizesse homem no seio da Virgem Maria; dai-nos participar da divindade do nosso Redentor, que proclamamos verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por nosso Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo".

Fonte: http://www.cancaonova.com/

quinta-feira, 24 de março de 2011

2º Domingo da Quaresma

A transfiguração de Jesus é a revelação de sua origem divina, antecipando a glória da ressurreição. Todo o relato é uma teofania, isto é, uma manifestação de que Jesus é o enviado dos céus, o Filho Amado do Pai, que se coloca em total obediência ao projeto divino de salvação da humanidade. Jesus cumpre, pois, todas as esperanças do Antigo Testamento, simbolizadas em Moisés e Elias, cuja presença confirma que Jesus é o Messias anunciado e esperado.

Diante do Senhor Transfigurado, nós somos chamados a transfigurar a nossa vida, para então transfigurar o nosso mundo, e de modo especial, a vida em nosso planeta. Enquanto a obediência ao projeto de Deus transfigura, a desobediência, pelo pecado, causa a desfiguração. A Campanha da Fraternidade nos lembra o "rosto desfigurado" do nosso planeta que geme em dores de parto, aguardando a manifestação do projeto de Deus: no lugar da destruição, a vida plena para todos.

O projeto de crescimento econômico linear e contínuo, a qualquer custo, que predomina em nossa sociedade, está desfigurando o nosso planeta, gerando um consumo excessivo dos bens naturais e a produção descontrolada de lixo. Para transfigurar a vida no planeta, precisamos substituir o crescimento econômico a qualquer custo, pelo desenvolvimento sustentável, que equilibra o crescimento econômico, a defesa do meio ambiente e a justiça.

Fonte: http://www.paroquiasaojudastadeusc.org.br/

quarta-feira, 23 de março de 2011

Radicalidade e o seu verdadeiro significado

Tempo da Quaresma


Na linguagem corrente, a Quaresma abrange os dias que vão da Quarta-feira de Cinzas até ao Sábado Santo. Contudo, a liturgia propriamente quaresmal começa com o primeiro Domingo da Quaresma e termina com o sábado antes do Domingo da Paixão.

A Quaresma pode se considerar, no ano litúrgico, o tempo mais rico de ensinamentos. Lembra o retiro de Moisés, o longo jejum do profeta Elias e do Salvador. Foi instituída como preparação para o Mistério Pascal, que compreende a Paixão e Morte (Sexta-feira Santa), a Sepultura (Sábado Santo) e a Ressurreição de Jesus Cristo (Domingo e Oitava da Páscoa).

Data dos tempos apostólicos a Quaresma como sinônimo de jejum observado por devoção individual na Sexta-feira e Sábado Santos, e logo estendido a toda a Semana Santa. Na segunda metade do século II, a exemplo de outras igrejas, Roma introduziu a observância quaresmal em preparação para a Páscoa, limitando porém o jejum a três semanas somente: a primeira e quarta da atual Quaresma e a Semana Santa.

A verdadeira Quaresma com os quarenta dias de jejum e abstinência de carne, data do início do século IV, e acredita-se que, para essa instituição, tenham influído o catecumenato e a disciplina da penitência pública.

O jejum consistia originariamente numa única refeição tomada à tardinha; por volta do século XV tornou-se uso comum o almoço ao meio-dia. Com o correr dos tempos, verificou-se que era demasiado penosa a espera de vinte e quatro horas; foi-se por isso introduzindo o uso de se tomar alguma coisa à tarde, e logo mais também pela manhã, costume que vigora ainda hoje. O jejum atual, portanto, consiste em tomar uma só refeição diária completa, na hora de costume: pela manhã, ao meio-dia ou à tarde, com duas refeições leves no restante do dia.

A Igreja prescreve, além do jejum, também a abstinência de carne, que consiste em não comer carne ou derivados, em alguns dias do ano, que variam conforme determinação dos bispos locais.

No Brasil são dias de jejum e abstinência a quarta-feira de cinzas e a sexta-feira santa. Por determinação do episcopado brasileiro, nas sextas-feiras do ano (inclusive as da Quaresma, exceto a Sexta-feira Santa) fica a abstinência comutada em outras formas de penitência.

Praticar a abstinência é privar-se de algo, não só de carne. Por exemplo, se temos o hábito diário de assistir televisão, fumar, etc, vale o sacrifício de abster-se destes itens nesses dias. A obrigação de se abster de carne começa aos 15 anos. A obrigação de jejuar, limitando-se a uma refeição principal e a duas mais ligeiras no decurso do dia, vai dos 21 aos 59 anos. Quem está doente (isto também vale para as mulheres grávidas) não está obrigado a jejuar.

“Todos pecamos, e todos precisamos fazer penitência”, afirma São Paulo. A penitência é uma virtude sobrenatural intimamente ligada à virtude da justiça, que “dá a cada um o que lhe pertence”: de fato, a penitência tende a reparar os pecados, que são ultrajes a Deus, e por isso dívidas contraídas com a justiça divina, que requer a devida reparação e resgate. Portanto, a penitência inclina o pecador a detestar o pecado, a repará-lo dignamente e a evitá-lo no futuro.

A obrigatoriedade da penitência nasce de quatro motivos principais, a saber:

1º - Do dever de justiça para com Deus, a quem devemos honra e glória, o que lhe negamos com o nosso pecado;

2º- da nossa incorporação com Cristo, o qual, inocente, expiou os nossos pecados; nós, culpados, devemos associar-nos a ele, no Sacrifício da Cruz, com generosidade e verdadeiro espírito de reparação.

3º- Do dever de caridade para com nós mesmos, que precisamos descontar as penas merecidas com os nossos pecados e que devemos, com o sacrifício, esforçar-nos por dirigir para o bem as nossas inclinações, que tentam arrastar-nos para o mal;

4º- do dever de caridade para com o nosso próximo, que sofreu o mau exemplo de nossos pecados, os quais, além disso, lhe impediram de receber, em maior escala, os benefícios espirituais da Comunhão dos Santos.

Vê-se daí quão útil para o pecador aproveitar o tempo da Quaresma para multiplicar suas boas obras, e assim dispor-se para a conversão.

Segundo os Santos Padres, a Quaresma é um período de renovação espiritual, de vida cristã mais intensa e de destruição do pecado, para uma ressurreição espiritual, que marque na Páscoa o reinício de uma vida nova em Cristo ressuscitado.

A Quaresma tem por escopo primordial incitar-nos à oração, à instrução religiosa, ao sacrifício e à caridade fraterna. Recomenda-se por isso a freqüência às pregações quaresmais, a leitura espiritual diária, particularmente da Paixão de Cristo, no Evangelho ou em outro livro de meditação.

O jejum e abstinência de carne se fazem para que nos lembremos de mortificar os nossos sentidos, orientando-os particularmente ao sincero arrependimento e emenda de nossos pecados.

A caridade fraterna — base do Cristianismo — inclui a esmola e todas as obras de misericórdia espirituais e corporais.

Quais são as Obras de Misericórdia?

Corporais Espirituais

1. Dar de comer a quem tem fome.

2. Dar de beber a quem tem sede.

3. Vestir os nus

4. Dar pousada aos peregrinos

5. Assistir aos enfermos.

6. Visitar os presos.

7. Enterrar os mortos.

1. Dar bom conselho.

2. Ensinar os ignorantes.

3. Corrigir os que erram.

4. Consolar os tristes.

5. Perdoar as injúrias.

6. Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo.

7. Rogar a Deus por vivos e defuntos.

Fonte: http://www.catequisar.com.br/
Missal Romano

terça-feira, 22 de março de 2011

Via-Sacra - Com Maria, caminhamos para a Páscoa


Durante os dias da quaresma, um dos exercícios espirituais mais usados é a oração da Via-Sacra. Como o nome já diz, Via-Sacra é o caminho sagrado. Caminho que Nosso Senhor Jesus Cristo percorreu, perseverante no amor do Pai, acompanhado por sua Mãe, e que culminou na gloriosa ressurreição.

As estações da Via-Sacra representam as várias situações de nossa vida, mantendo sempre o alerta para o nosso destino eterno, pois, nossa vida é uma caminhada para Deus.

Desde o nascimento, até a hora que Deus nos chamar para a eternidade, nós vamos percorrendo os caminhos de nossa vida, junto com Nossa Senhora, seguindo os passos de seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, rumo ao coração de Deus.

Jesus nos mostra o caminho da salvação e nos convida a segui-lo: "Quem quiser vir após mim, deixe de lado seus próprios interesses, tome a sua cruz, cada dia, e siga-me" (Mt 16,24).

O convite que nos é feito para deixar de lado nossos próprios interesses é para que possamos fazer da vontade de Deus a nossa vontade, deixando que o Espírito de Deus conduza a nossa vida, como conduziu a vida de Maria, de Jesus e de todos os seus discípulos, de ontem e de hoje.

Maria ouviu a Palavra de Deus, fez da vontade de Deus a sua vontade, caminhou com seu filho pelas estradas do mundo e agora está junto dele no céu, no eterno convívio da Santíssima Trindade.

A Via-Sacra também nos leva a contemplar a caminhada da humanidade pelos caminhos do sofrimento, da dor e, acima de tudo, da esperança. Tudo nos leva a contemplar a presença de Deus e de nossa mãe, nas diversas situações de nossa vida.

Como mãe carinhosa, Nossa Senhora não está apenas esperando por nós lá no céu; ela se faz companheira de caminhada, amparando os que estão fracos, socorrendo os necessitados, protegendo os que estão ameaçados, caminhando conosco, cada dia de nossa vida.

Quando rezamos a Via-Sacra, poderemos sentir a presença de Deus que nos conduz com o seu amor e a sua proteção. E renovados pela confiança que brota em nosso coração ao sentirmos a presença amorosa de Maria Santíssima, que caminha conosco para a Páscoa definitiva, poderemos retornar para o dia-a-dia de nossas vidas, com uma disposição maior para vivermos a fé e trabalharmos com mais alegria pela construção do Reino de Deus que já manifesta, entre nós, os seus sinais.

Pe. Vicente André de Oliveira, C.Ss.R.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Quaresma: o grande retiro dos cristãos


A palavra Quaresma vem do latim ”quadragésima”. Esse tempo litúrgico compreende os dias que vão da Quarta-feira de Cinzas até Quinta-feira Santa antes da missa da Ceia do Senhor. O número 40 é simbólico e recorda muitas cenas da Bíblia: os 40 anos de caminhada do povo hebreu pelo deserto, os 40 dias que Moisés passou na montanha, os 40 dias de caminhada de Elias para chegar à montanha do Senhor, os 40 dias de Jesus jejuando no deserto.

A Quaresma não tem sentido isolada da Páscoa. Na caminhada quaresmal não vamos ao encontro do nada ou da morte, mas caminhamos para a Ressurreição do Senhor e nossa.

As origens da quaresma são antigas e estão ligadas a outros acontecimentos, como a preparação dos catecúmenos ao Batismo, e a prática das penitências, muito em voga nos primeiros séculos. Já no século IV se fala de quaresma penitencial; nos séculos II e III, costumavam-se fazer alguns dias de jejum em preparação à Páscoa.

A Igreja, neste tempo quaresmal, une-se todos os anos ao mistério de Jesus no deserto. Portanto o espírito quaresmal é de um grande retiro de quarenta dias, durante os quais a Igreja propõe aos seus fiéis o exemplo de Cristo em seu retiro no deserto, e se prepara para a celebração das solenidades pascais, com a purificação do coração, uma prática perfeita da vida cristã e uma atitude penitencial.

As cinzas (que são os ramos bentos no Domingo de Ramos do ano anterior) que recebemos em nossa fronte no início da Quaresma, é um sinal de que nos comprometemos com uma verdadeira conversão. As cinzas são o símbolo da fragilidade humana, lembrando-nos a passagem bíblica que diz que ”tu és pó e ao pó voltarás” (Gênesis 3,19).

A penitência, tradução latina da palavra grega “metanóia”, que na Bíblia significa conversão (literalmente, mudança de espírito) do pecador, designa todo um conjunto de ações interiores e exteriores dirigidas para a reparação do pecado cometido e o estado das coisas que resulta dele para o pecador. Literalmente, mudança de vida se diz do ato do pecador de voltar a Deus depois de ter estado distante de Deus, o do incrédulo que alcança a fé.

A penitência interior do cristão pode ter expressões muito variadas. A Escritura e os Padres da Igreja nos falam de três formas: o jejum, a oração e a esmola, que expressam a conversão com relação a si próprio, a Deus e aos outros.

Todos os fiéis, cada um a seu modo, estão obrigados a fazer penitência pela lei divina. Para que todos se unam na observância de alguma prática, são prescritos dias penitenciais, que devem ser cumpridos com a maior fidelidade (cf. Código de Direito Canônico, 1249). No tempo da Quaresma, prescreve-se jejum e abstinência de carne na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa e, as sextas-feiras, como memória da morte do Senhor, são momentos fortes de prática penitencial da Igreja.

“Estes tempos são particularmente apropriados para os exercícios espirituais, as liturgias penitenciais, as peregrinações como sinal de penitência, as privações voluntárias como jejum e a esmola, a comunhão cristã dos bens - obras de caridade e missionárias.” (Catecismo da Igreja Católica, 1438)

Somos chamados a concretizar o desejo de conversão realizando as seguintes obras: indo ao encontro do Sacramento da Reconciliação (Penitência ou Confissão), fazendo uma clara confissão e arrependendo-nos de todo coração; superando as divisões, perdoando e crendo no espírito fraterno; praticando as obras de misericórdia.

Os católicos, na Quaresma, tem que cumprir o preceito do jejum e da abstinência, assim como confessar-se e fazer sua comunhão pascal. O jejum consiste em fazer uma só refeição ao dia, ainda que se possa comer menos do que o costume de manhã e à noite. Não se deve comer nada entre as refeições principais, salvo em caso de enfermidade. Obriga-se a viver a lei do jejum todos os maiores de idade, até que tenham cumprido 59 anos (Catecismo da Igreja Católica, 1252). A abstinência é a privação de comer carne e seus derivados, e a lei da abstinência obriga todos os que já fizeram 14 anos. (Catecismo da Igreja Católica, 1252)

Temos que participar melhor deste tempo que a Igreja nos propõe dentro do mistério pascal. Somos convidados à participação dos sacramentos, da missa, à participação nas comunidades, nas via- sacras, nas celebrações penitenciais. Boa quaresma a todos!

Padre José Cipriano Ramos Filho é sacerdote da Diocese de Piracicaba

Fonte: http://www.catequisar.com.br/

sábado, 19 de março de 2011

SANTO DO DIA

São José

Celebra-se hoje, 19 de março, a Solenidade de São José. Neste dia, a Igreja, espalhada pelo mundo todo, recorda solenemente a santidade de vida do seu patrono.

Esposo da Virgem Maria, modelo de pai e esposo, protetor da Sagrada Família, São José foi escolhido por Deus para ser o patrono de toda a Igreja de Cristo.

Seu nome, em hebraico, significa “Deus cumula de bens”.

No Evangelho de São Mateus vemos como foi dramático para esse grande homem de Deus acolher, misteriosa, dócil e obedientemente, a mais suprema das escolhas: ser pai adotivo de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Messias, o Salvador do mundo.

"Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor tinha mandado e acolheu sua esposa" (Mt 1,24).

O Verbo Divino quis viver em família. Hoje, deparamos com o testemunho de José, “Deus cumula de bens”; mas, para que este bem maior penetrasse na sua vida e história, ele precisou renunciar a si mesmo e, na fé, obedecer a Deus acolhendo a Virgem Maria.

Da mesma forma, hoje São José acolhe a Igreja, da qual é o patrono. E é grande intercessor de todos nós.

Que assim como ele, possamos ser dóceis à Palavra e à vontade do Senhor.

São José, rogai por nós!

Fonte: http://www.cancaonova.com/

sexta-feira, 18 de março de 2011

Quaresma caminho para a Páscoa



A grande meta da quaresma é a Páscoa - festa central do cristianismo, ponto alto do ano litúrgico. Neste tempo assumimos percorrer com Jesus, o caminho da provação e da cruz e vamos recebendo a força e a alegria do seu Espírito para proclamarmos a vitória da vida, enquanto lutamos contra todas as forças de violência, de injustiça e morte que, dolorosamente persistem no mundo. Cada celebração, deve ser uma forte experiência desta caminhada pascal, para que possamos fazer de nossa vida uma páscoa contínua.

1. Caminhada catecumenal: A quaresma é, por excelência , um tempo batismal. A liturgia da Palavra da quaresma constitui-se num valioso itinerário de fé e adesão crescente,consciente e livre, ao projeto de Jesus. Nos dois primeiros domingos, a liturgia apresenta Jesus como aquele que vence o mal, e por isso é glorificado por Deus no Tabor, antes mesmo de Ele enfrentar a"hora das trevas" e, nos outros domingos, as grandes "catequeses batismais"de João ( cap.4, 9 e 11).As primeiras leituras, com textos do AT narram fatos significativos da História da Salvação( pecado de Adão, vocação de Abraão, Moisés e a água da rocha, Davi e a visão dos ossos em Ezequiel) e formam um todo catequético em sintonia com os evangelhos. Com textos de grande valor teológico das cartas de Paulo, as segundas leituras também apresentam certa ligação com as primeiras leituras e os evangelhos.Nossa vida torna-se , então, uma oferta de louvor, um sacrifício espiritual que apresentamos continuamente ao Pai , em união com Jesus, o servo pobre e sofredor.E, assim, por ele, com ele e nele o Pai seja louvado e glorificado.

2. Caminhada de conversão: Mais do que uma simples preparação da Páscoa , a quaresma constitui-se um ensaio da vida nova no Espírito:

tempo de romper com todas as expressões de mal que existem em nós, sepultando o "homem velho";

tempo de abrir-nos à Vida sempre nova que brota da Cruz; tempo de nos tornar uma nova criatura, revestindo-nos de Jesus Cristo;

tempo de nos converter ao projeto de Deus, ouvindo e acolhendo sua Palavra, que nos propõe "buscar primeiro o Reino de Deus e a sua justiça"(Mt 6,33);

tempo de renovar e reavivar a opção de nossa fé feita em nosso batismo, no desejo de um novo recomeço no seguimento como discípulos do Senhor. Dedicando mais tempo e densidade à oração tanto pessoal quanto comunitária fortalecendo as razões de nossa esperança.

Tomando uma atitude contra o consumismo, assumimos o jejum do autodomínio sobre nossa alimentação, nossas palavras, nossos sentimentos.E, sobretudo, com a prática do jejum verdadeiro, ou seja, a prática da justiça e da misericórdia, base da verdadeira oração, retomamos o compromisso de "volta ao primeiro amor" (Ap 2,4), na relação de aliança com Deus.

3. Sugestões pastorais para as equipes de celebração:
Preparar o ambiente da celebração dentro de certa sobriedade: cor roxa para as vestes litúrgicas e a ornamentação da mesa da Palavra e do altar, sem flores e sem o canto do Glória e do Aleluia, o que não significa tristeza, mas um "concentrar de energias para o grande dia
Durante a quaresma, o ato penitencial poderá receber também um destaque maior como anúncio da misericórdia de Deus e de apelo à conversão, ligado com a realidade da comunidade e a situação do planeta. É bom fazê-lo diante da cruz e usar gestos, com: ajoelhar-se, inclinar-se ou o rito da aspersão, acompanhado de refrões ou cantos apropriados.Nas celebrações da Palavra, o ato penitencial, em alguns domingos, poderá ser feito após a homilia, como resposta à interpelação que a Palavra de Deus faz. Ritualizar bem a entrada da Bíblia, a proclamação das leituras, o canto do salmo e da aclamação ao evangelho.Há símbolos batismais importantes que os próprios textos Bíblicos sugerem em alguns domingos, como cruz, água,luz profissão de fé.....e que serão retomados com toda intensidade na Vigília Pascal.

O momento mais indicado pela Oração da Campanha da Fraternidade é nas preces dos fiéis, podendo ser intercalada com um refrão apropriado.

Toda esta vivência quaresmal só terá sentido como preparação da páscoa, com as celebrações do Tríduo Pascal e sobretudo da Vigília pascal, a "mãe de todas as vigílias", que por ser tão importante merece ser cuidadosamente preparada para que a páscoa do ano 2011, seja profundamente vivida pala comunidade, "como festa verdadeira e acontecimento inesquecível" !

"Celebremos a Páscoa, não com o velho fermento, nem com o fermento da malícia e da perversidade, mas com os pães sem fermento, isto é, na pureza e na verdade" ( 1 Cor 5,8).

Padre Gian Luigi Morgano

Fonte: http://www.catequisar.com.br/

quinta-feira, 17 de março de 2011

Práticas de jejum


Não consegue controlar seus instintos quem não sabe renunciar. O jejum é caminho para o crescimento pessoal e faz com que o espírito se sobreponha sobre a carne. Através do jejum, elevamos nosso espírito e, por meio de Cristo, nos é dada a força da vitória.

Todos podem fazer jejum. Todos podem jejuar sem que isso lhes faça mal, mas, pelo contrário, lhes faça bem.

Muitas pessoas não jejuam porque não sabem fazê-lo. Existem várias modalidades de jejum.

Jejum da Igreja

Tipo de jejum prescrito para toda a Igreja e que, por isso, é extremamente simples, podendo ser feito por qualquer pessoa.

Esse modo de jejuar vem da Tradição da Igreja e pode ser praticado por todos sem exceção, sendo esse o motivo porque é prescrito a toda a Igreja.

O básico desse tipo de jejum é que você tome o café da manhã normalmente e depois faça apenas uma refeição, almoço ou jantar, a depender dos seus hábitos, de sua saúde e de seu trabalho. A outra refeição, a que você não vai fazer, será substituída por um lanche simples, de acordo com as suas necessidades.

O conceito de jejum não exige que você passe fome. Jejuar é refrear a nossa gula e disciplinar o nosso comer.

O importante, e aí está a essência do jejum, é a disciplina, é você não comer nada além dessas três refeições.

Nesse tipo de jejum, não se passa fome. Mas como a gente se disciplina; como refreia a gula! E é esta a finalidade do jejum.

Qualquer pessoa pode fazer esse tipo de jejum, mesmo os doentes, porque água e remédios não quebram jejum.

Jejum a pão e água

Nesse tipo de jejum, deve-se comer pão quando se tem fome e beber água quando se tem sede. Apenas isso e nada mais.

Não se trata de comer pão e beber água ao mesmo tempo. Pelo contrario: é preciso evitar isso. Nosso tipo de pão, quando comido com água, geralmente fermenta no estômago, provocando dor de cabeça.

Deve-se beber água várias vezes no decorrer do dia. O organismo precisa de água.

O principal desse tipo de jejum é que você só coma pão e beba apenas água.

Jejum à base de líquidos

Durante todo o seu dia de jejum, você se alimenta somente com líquidos. Essa é uma modalidade muito boa de jejum, que refreia a nossa gula e garante a nossa disciplina.

Tratando-se de líquidos, temos uma grande variedade de opções e de combinações possíveis; todas elas nos mantêm alimentados e bem dispostos sem a quebra do jejum.

Jejum completo

Nesse tipo de jejum, não se come coisa alguma e só se bebe água.

É recomendável que, antes de experimentar essa forma de jejum, você já tenha feito o jejum a pão e água e o jejum à base de líquidos, que podem servir de treino.

No jejum completo, é fundamental beber água várias vezes ao dia.

É fundamental ter em mente que não estamos nos submetendo a um teste de resistência. Não precisamos provar nada a ninguém: nem a nós, nem ao Senhor. O objetivo do jejum é nos encontrar com Deus, favorecer a oração e nos disciplinar. Ele serve para nos abrir à Graça da contemplação, da intercessão a da Unção do Espírito Santo.

O jejum nos faz adquirir o domínio sobre nossos instintos e a liberdade de coração (cf. CIC 2043).

O jejum é uma riqueza que precisamos reconquistar. É uma forte expressão da comunidade que decidiu fazer uma conversão, começar uma vida nova.

Fonte: http://www.catequisar.com.br/

quarta-feira, 16 de março de 2011

Etimologia Quaresmal (significado dos símbolos da Quaresma)
Conheça o signifícado dos símbolos da Quaresma.

INCENSO

O incenso vem de "incendere", "incender", é uma das resinas que produz um agradável aroma ao arder. Esta palavra latina dá também origem ao termo "incensário" (instrumento metálico para incensar), enquanto a raíz grega "tus", que também significa incenso, explica a palavra "turíbulo" (incensário) e "turiferário"(o que carrega o turíbulo).

O incenso é encontrado principalmente no Oriente, e desde antigamente no Egito, antes de os israelitas chegarem era usado em cerimônias religiosas, por seu fácil simbolismo de perfume e festa, de sinal de honra e respeito ou de sacrifício aos deuses. Já antes em torno da Arca da Aliança, mas sobretudo no templo de Jerusalém era clássico o rito do incenso (Ex. 30). A rainha de Sabá trouxe entre outros presentes grande quantidade de aromas a Salomão (1Rs.10). Os cristãos no século IV introduziram o incenso na linguagem simbólica de suas celebrações, quando se considerou superado o perigo anterior de confusão com os ritos idolátricos do culto romano.

Atualmente, o incenso é usado na missa, quando se quer ressaltar a festividade do dia, o altar, as imagens da Cruz ou da Virgem, o livro do evangelho, as oferendas sobre o altar, os ministros e o povo cristão no ofertório, o Santíssimo depois da consagração ou nas celebrações de culto eucarístico. Com isso quer significar às vezes um gesto de honra (ao Santíssimo, ao corpo do defunto nas exéquias), ou símbolo de oferenda sacrificial (no ofertório, tanto o pão e o vinho como as pessoas).

JEJUM

Chamamos "jejum" (latim "ieunium") à privação voluntária de comida durante algum tempo por motivo religioso, como ato de culto perante Deus.

Na Bíblia no jejum pode ser sinal de penitênica, expiação dos pecados, oração intensa ou vontade firme de conseguir algo.

Outras vezes, como nos quarenta dias de Moisés no monte ou de Elias no deserto ou de Jesus antes de começar sua missão, marca a preparação intensa para um acontecimento importante.

O jejum Eucarístico tem uma tradição milenar; como preparação para este sacramento, o cristão se abstém antes de outros alimentos.

É na Quaresma, desde o século IV, que sempre teve mais sentido aos cristãos o jejum como privação voluntária da que existem em outras culturas religiosas ou por motivos religiosos.

O jejum junto com a oração e a caridade, tem sido desde muito tempo uma "prática quaresmal" como sinal de conversão interior aos valores fundamentais do evangelho de Cristo. Atualmente nos abstemos de carne todas as sextas-feiras de Quaresma que não coincidem com alguma solenidade; fazemos abstinência e além do jejum (uma só refeição ao dia) na quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira Santa.

CÍRIO PASCAL

A palavra "círio" vem do latim "cereus", de cera, o produto das abelhas. Ao falar das "candeias" , aludíamos ao uso humano e ao sentido simbólico da luz que os círios produzem.

O círio mais importante é o que se acende na Vigília Pascal como símbolo de Cristo - Luz, e que fica sobre uma elegante coluna ou candelabro adornado.

O Círio Pascal é já desde os primeiros séculos um dos símbolos mais expressivos da vigília. Em meio à escuridão (toda a celebração é feita à noite e começa com as luzes apagadas), de uma fogueira previamente preparada se acende o Círio, que tem uma inscrição em forma de cruz, acompanhada da data do ano e das letras alfa e Ômega, a primeira e a última letra do alfabeto grego, para indicar que a posição de Cristo, princípio e fim do tempo e da eternidade, nos alcança com força sempre nova no ano concreto em que vivemos.

O Círio estará aceso em todas as celebrações durante cinqüenta dias, ao lado do ambão da Palavra, até a tarde do domingo de Pentecostes. Uma vez concluído o Tempo Pascal, convém que o Círio seja conservado dignamente no batistério, e não no presbitério.

QUINTA - FEIRA SANTA

A quinta - feira santa é o último dia da Quaresma e por sua vez, a partir da missa vespertina, a inauguração do Tríduo Pascal. Em latim seu nome clássico é "feria V in Coena Domini". É um dia íntimo para o povo cristão, certamente a quinta - feira mais importante do ano, principamente desde que a da Ascensão e do Corpus Christi são celebrados no domingo.

É o dia em que Cristo, em sua ceia de despedida antes da morte, instituiu a Eucaristia, deu a grande lição de humilde serviço lavando os pés dos seus apóstolos, e os constituiu sacerdotes mediadores de sua Palavra, de seus sacramentos e de sua salvação.

CEIA DO SENHOR

O nome que, junto ao de "fração do pão", o dá por exemplo São Paulo em 1Cor 11,20 ao que logo se chamou "Eucaristia" ou "Missa": "Kyriakon deipnon", ceia senhoril, do Senhor Jesus. É também o nome que se dá a Missa atual: "Missa ou Ceia do Senhor" (IGMR 2 e 7)

Na Quinta-feira Santa a Eucaristia com que se dá início ao Tríduo Pascal é a "Missa in Coena Domini", porque é a que mais intimamente recorda a instituição desde sacramento por Jesus em sua última ceia, adiantando assim sacramentalmente sua entrega na Cruz.

Fonte: http://www.catequisar.com.br/

terça-feira, 15 de março de 2011

Quaresma: a busca de um novo homem

Quaresma, período de penitência e preparação para a festa mais importante da fé cristã, a Páscoa. Embora seja um tempo penitencial, não é triste e depressivo, como muitos pensam. Trata-se de um tempo especial de purificação e de renovação da vida cristã para poder participar em plenitude e com mais alegria do mistério pascal de Cristo.


Durante quarenta dias somos convidados à experiência do deserto vivido por Jesus na tentação. O deserto, apesar de nos trazer a figura do sofrimento e da penúria, remete-nos à esperança de renascermos para uma vida nova, assim como o povo de Israel que, após a libertação da escravidão no Egito, chegou à Terra Prometida.


A Quaresma nos chama à renovação, conversão e “morte ao pecado”, para que possamos ressurgir para uma vida nova com Cristo na sua Páscoa. As cinzas, recebidas no início da Quaresma, são usadas como sinal desse arrependimento e luto pelo pecado. Dessa forma, reconhecemos que somos todos igualmente pecadores e pedimos ao Senhor a graça da conversão, a fim de mudar nossa vida pessoal e social.

A Igreja recomenda aos cristãos três principais obras de misericórdia que, de modo especial na Quaresma, devem ser praticadas frequentemente: a oração, para o recolhimento e proximidade com Deus; o jejum, renúncia alegre do supérfluo, como forma de ser solidário com aqueles que não têm o necessário; e a esmola, não de forma mesquinha de quem dá o que sobra, mas no sentido bíblico de ter amor e compaixão pelos excluídos e injustiçados. Esses gestos não podem fazer parte do nosso cotidiano como um mero costume ou formalismo, pois acabariam perdendo seu real significado, o de serem um método a serviço da vida, uma forma de possibilitar o encontro do homem consigo mesmo, com Deus e com os outros irmãos.

Como diz o documento “Sacrosanctum Concilium”, do Concílio Vaticano II, “a penitência do tempo quaresmal não seja somente interna e individual, mas também externa e social.” (SC, 110) Por isso a Igreja no Brasil organiza todos os anos, durante o tempo da Quaresma, desde 1964, a Campanha da Fraternidade que focaliza um aspecto de nossa vida em sociedade em que a fraternidade não está sendo vivida, a fim de que, como cristãos, possamos contribuir para que a humanidade alcance este objetivo. Este ano, ela tem como tema “Fraternidade e a vida no planeta” e como lema “A criação geme em dores de  parto” (Rm 8,22).


Por ocasião da Quaresma, são retirados das celebrações litúrgicas os cantos de Glória e de Aleluia, que manifestam alegria e regozijo para dar lugar a um clima de maior recolhimento e penitência. Pelo mesmo motivo, o ambiente das igrejas requer sobriedade e despojamento não se usando flores nem outros enfeites para orná-lo.

A Quaresma é um tempo privilegiado para intensificar o caminho da própria conversão. Esse caminho supõe cooperar com a graça, para dar morte ao homem velho que atua em nós. Trata-se de romper com o pecado que habita em nossos corações, afastando-nos de tudo aquilo que nos separa do Plano de Deus e, por conseguinte, de nossa felicidade e realização pessoal.

Reflitamos a palavra de Cristo que nos diz: “Não se coloca vinho novo em odres velhos; do contrário, os odres se rompem, o vinho se derrama e os odres se perdem. Coloca-se, porém, o vinho novo em odres novos, e assim tanto um como outro se conservam.” (Mt 9, 17) Portanto, para que a Páscoa seja vivida com toda a sua riqueza espiritual, a Quaresma deve ser vista como um meio de conversão, uma proposta de caminhada em busca do nascimento de um homem novo.

Emanuel Costa Arantes é postulante da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos

Fonte: http://www.catequisar.com.br/


segunda-feira, 14 de março de 2011

Jejum e abstinência


O jejum consiste em fazer uma só refeição forte ao dia. A abstinênica consiste em não comer carne. A Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira Santa são dias de abstinência e jejum. A abstinência é obrigatória a partir dos quatorze anos e o jejum dos dezoito aos cinqüenta e nove anos de idade.

Com estes sacrifícios, trata-se de que todo nosso ser (alma e corpo) participe em um ato onde reconheça a necessidade de fazer obras com as quais reparemos o dano causado com nossos pecados e para o bem da Igreja.

O jejum e a abstinênica podem ser trocados por outro sacrifício, dependendo do que ditem as Conferências Episcopais de cada país, pois elas têm autoridade para determinar as diversas formas de penitência cristã.

Por que o Jejum?

É necessário dar uma profunda resposta a esta pergunta, para que fique clara a relação entre o jejum e a conversão, isto é, a transformação espiritual que aproxima o homem a Deus.

O abster-se de comida e bebida tem como fim introduzir na existência do homem não somente o eqüilíbrio necessário, mas também o desprendimento do que se poderia definir como "atitude consumística".

Tal atitude veio a ser em nosso tempo uma das características da civilização ocidental. O homem, orientado aos bens materiais, muito freqüentemente abusa deles. A civilização se mede então segundo quantidade e a qualidade das coisas que estão em condições de prover ao homem e não se mede com a medida adequada ao homem.

Esta civilização de consumo fornece os bens materiais não somente para que sirvam ao homem em ordem a desenvolver as atividades criativas e úteis, mas cada vez mais para satisfazer os sentidos, a excitação que deriva deles, o prazer, uma multiplicação de sensações cada vez maior.

O homem de hoje deve abster-se de muitos meios de consumo, de estímulos, de satisfação dos sentidos, jejuar significa abster-se de algo. O homem é ele mesmo quando consegue dizer a si mesmo: Não.

Não é uma renúncia pela renúncia: mas para melhor e mais equilibrado desenvolvimento de si mesmo, para viver melhor os valores superiores, para o domínio de si mesmo.

sábado, 12 de março de 2011

Beata Elena Guerra, apóstola do Espirito Santo


A Beata Elena Guerra é denominada a apóstola do Espírito Santo (23/06/1835 – 11/04/1914). Perseverou para que o papa Leão XIII orientasse mais sobre a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade (leiam o livro Escritos de Fogo – Pe. Eduardo Braga – RCC Brasil). Atendendo aos seus pedidos e súplicas, o papa consagrou o século XX ao Espírito Santo. Nesse século surgiram os movimentos de reavivamento espiritual da Igreja Católica. Após o Concílio Vaticano II, nasce a Renovação Carismática Católica, cujo pilar de sua identidade é a efusão do Espírito Santo.
Elena Guerra sonhava que a oração do Espírito Santo fosse tão rezada quanto a Ave Maria. Sob a intercessão da beata, oremos juntos, clamando por um novo Pentecostes!
Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos Vossos fiéis.
E acendei neles o fogo do Vosso amor.
Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da Terra.
Oremos: Oh Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo
Fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito
E gozemos sempre de Sua consolação
Por Cristo Senhor nosso, amém.

sexta-feira, 11 de março de 2011

 Lectio Divina - Quaresma

MT 9, 14-15
Tome sua bíblia e leia algumas vezes esta passagem.
Naquele tempo, 14os discípulos de João aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Por que razão nós e os fariseus praticamos jejuns, mas os teus discípulos não?”
15Disse-lhes Jesus: “Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão”.

A Lectio Divina é um exercício da escuta pessoal da palavra de Deus. Funciona como uma escada de quatro degraus espirituais: leitura, meditação, oração, contemplação. Assim os degraus são para nos abrir a ação do Espírito Santo. 

“A Quaresma é tempo propício para aprender a deter-se com Maria e João, o discípulo predileto, ao lado d'Aquele que, na Cruz, cumpre pela humanidade inteira o sacrifício da sua vida (cf. Jo 19, 25). Portanto, dirijamos o nosso olhar com participação mais viva, neste tempo de penitência e de oração, para Cristo crucificado que, morrendo no Calvário, nos revelou plenamente o amor de Deus” (Bento XVI).

OREMOS ENTÃO:

“Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai Senhor, o vosso Espírito, e tudo será criado; e renovareis a face da terra.
Oremos: ó Deus, que instruístes os corações
dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo,
fazei que apreciemos retamente
todas as coisas segundo o mesmo espírito
e gozemos sempre da sua consolação.
Por Cristo Senhor nosso.
Amém”. 

1º  DEGRAU - LEITURA (LECTIO) 
 
A liturgia de hoje nos convida a mergulhar no espírito próprio da quaresma, que não é um legalismo e um rigorismo estéril, que apresenta a radicalidade da vida de santidade como uma competição em que vou ficar observando se estou sendo melhor do que o outro. O grande prêmio do sacrifício é como diz o salmista: “Meu sacrifício é minha alma penitente, não desprezeis um coração arrependido!” Não como ritualismo, mas um sacrifício como prova de amizade diante de Deus.
Vá relendo o texto na sua bíblia, e vá descubrindo qual a mensagem do texto, quais os personagens, quem fala, qual a mensagem que Jesus quer passar ali.

2º  DEGRAU: MEDITAÇÃO - O QUE O TEXTO ME DIZ?

Como estou me relacionando com Deus diante dos meus propósitos em viver na Quaresma? Será que estou apenas buscando cumpri-los mas sem gerar os frutos que são próprios de uma vida de intimidade com Deus? Busque avaliar a sua vida de intimidade com Deus.

Aprofunde na sua vida, aquilo que o texto disse, se você vive, se você precisa viver, o que fazer...

3º DEGRAU: ORAÇÃO - O QUE DIGO A DEUS? 

Meu Deus de amor, Pai de infinita bondade, desejo nesta primeira sexta-feira da Quaresma apresentar os meus sacrifícios e ofertas como sendo fruto de uma intimidade contigo, sem querer ser mais santo daquilo que queres de mim, e muito menos de resistir a tua voz. Dá-me a graça de ser fiel por meio de uma vida de intimidade contigo que reflete com o respeito e amor ao próximo. 
Continue , fazendo sua oração, que ela seja sincera, não pré-formulada, faça-a livremente.

4º DEGRAU: CONTEMPLAÇÃO

Senhor, apresento-te o louvor e gratidão por toda de fidelidade nesses primeiros dias da Quaresma, pois tua Palavra me adverte, como fruto do teu cuidado paterno. Tua Palavra revela as minhas misérias que são alcançadas por tua graça. Bendito seja o teu amor que me fortalece em meio às minhas dificuldades. Faça-se de mim uma oferta agradável a ti.  

apresente-se diante de Deus , diante de tudo aquilo que Deus fez em sua vida através deste estudo da palavra de hoje.

Que o meu direcionamento nesse dia seja: “ó Senhor, não desprezeis um coração arrependido ”!

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por Marcio André Teixeira Barradas, Seminarista Shalom - Assessoria Litúrgico Sacramental *

Indicado por: Cíntia Mafra - Consagrada da Comunidade de Vida Shalom 
 Vivendo a Quaresma

Durante este tempo especial de purificação, contamos com uma série de meios concretos que a Igreja nos propõe e que nos ajudam a viver a dinâmica quaresmal.


Antes de tudo, a vida de oração, condição indispensável para o encontro com Deus. Na oração, se o cristão inicia um diálogo íntimo com o Senhor, deixa que a graça divina penetre em seu coração e, a semelhança de Santa Maria, se abra à ação do Espírito cooperando com ela com sua resposta livre e generosa (ver Lc. 1,38).


Como também devemos intensificar a escuta e a meditação atenta à Palavra de Deus, a assistência freqüente ao Sacramento da Reconciliação e a Eucaristia, e mesmo a prática do jejum, segundo as possibilidades de cada um.

A mortificação e a renúncia nas circunstâncias ordinárias de nossa vida também constituem um meio concreto para viver o espírito de Quaresma. Não se trata tanto de criar ocasiões extraordinárias, mas bem, de saber oferecer aquelas circunstâncias cotidianas que nos são incômodas, de aceitar com alegria os diferentes contratempos que nos apresenta o dia a dia. Da mesma maneira, o saber renunciar a certas coisas legítimas nos ajuda a viver o desapego e o desprendimento. Dentre as diversas práticas quaresmais que a Igreja nos propõe, a vivência da caridade ocupa um lugar especial. Assim nos recorda São Leão Magno: "estes dias de quaresma nos convidam de maneira apremiante ao exercício da caridade; se desejamos chegar à Pascoa santificados em nosso ser, devemos por um interesse especialíssimo na aquisição desta virtude, que contém em si as demais e cobre multidão de pecados".


Esta vivência da caridade deve ser vivida de maneira especial com aqueles a quem temos mais próximos, no ambiente concreto em que nos movemos. Assim, vamos construindo no outro "o bem mais precioso e efetivo, que é o da coerência com a própria vocação cristã" (João Paulo II)


Como viver a Quaresma

1. Arrependendo-me de meus pecados e confessando-me.


Pensar em quê ofendi a Deus, Nosso Senhor, se me dói tê-lo ofendido, se estou realmente arrependido. Este é um bom momento do ano para realizar uma confissão preparada e de coração. Revise os mandamentos de Deus e da Igreja para poder fazer uma boa confissão. Sirva-se de um livro para estruturar sua confissão. Busque tempo para realizá-la.


2. Lutando para mudar:


Analise sua conduta para conhecer em quê esta falhando. Faça propósitos para cumprir dia a dia e revise à noite se os alcançou. Lembre-se de não colocar muitos propósitos porque será muito difícil cumpri-los todos . Deve-se subir as escadas de degrau em degrau, não se pode subir toda ela de uma só vez. Conheça qual é o seu defeito dominante e faça um plano para lutar contra ele. Teu plano deve ser realista, prático e concreto para poder cumpri-lo.


3. Fazendo sacrificios:

A palavra sacrifício vem do latim sacrum-facere, significa "fazer sagrado". Então, fazer um sacrifício é fazer alguma coisa sagrada, quer dizer, oferecê-la por amor a Deus, porque o ama, coisas que dão trabalho. Por exemplo, ser amável com um vizinho com quem você não simpatiza ou ajudar alguém em seu trabalho. A cada um de nós há algo que nos custa fazer na vida de todos os dias. Se oferecemos isto a Deus por amor, estamo fazendo sacrifício.


4. Oração:


Aproveite estes dias para rezar, para conversar com Deus, para dizê-lo que o ama e que quer estar com Ele. Pode ser útil um bom livro de meditação para Quaresma. Você pode ler na Bíblia passagens relacionadas com a quaresma.

Fonte: http://www.catequisar.com.br/

quinta-feira, 10 de março de 2011

Quarta-feira de Cinzas


Com a imposição das cinzas, inicia-se uma estação espiritual particularmente relevante para todo cristão que quer se preparar dignamente para viver o Mistério Pascal, quer dizer, a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus.

Este tempo vigoroso do Ano litúrgico se caracteriza pela mensagem bíblica que pode ser resumida em uma palavra: " matanoeiete", que quer dizer "Convertei-vos". Este imperativo é proposto à mente dos fiéis mediante o austero rito da imposição das cinzas, o qual, com as palavras "Convertei-vos e crede no Evangelho" e com a expressão "Lembra-te de que és pó e para o pó voltarás", convida a todos a refletir sobre o dever da conversão, recordando a inexorável caducidade e efêmera fragilidade da vida humana, sujeita à morte.

A sugestiva cerimônia das cinzas eleva nossas mentes à realidade eterna que não passa jamais, a Deus; princípio e fim, alfa e ômega de nossa existência. A conversão não é, com efeito, nada mais que um voltar a Deus, valorizando as realidades terrenas sob a luz indefectível de sua verdade. Uma valorização que implica uma consciência cada vez mais diáfana do fato de que estamos de passagem neste fadigoso itinerário sobre a terra, e que nos impulsiona e estimula a trabalhar até o final, a fim de que o Reino de Deus se instaure dentro de nós e triunfe em sua justiça.

Sinônimo de "conversão", é também a palavra "penitência" …

Penitência como mudança de mentalidade. Penitência como expressão de livre positivo esforço no seguimento de Cristo.

Tradição

Na Igreja primitiva, variava a duração da Quaresma, mas eventualmente começava seis semanas (42 dias) antes da Páscoa.

Isto só dava por resultado 36 dias de jejum (já que se excluem os domingos). No século VII foram acrescentados quatro dias antes do primeiro domingo da Quaresma estabelecendo os quarenta dias de jejum, para imitar o jejum de Cristo no deserto.

Era prática comum em Roma que os penitentes começassem sua penitênica pública no primeiro dia de Quaresma. Eles eram salpicados de cinzas, vestidos com saial e obrigados a manter-se longe até que se reoconciliassem com a Igreja na Quinta-feira Santa ou a Quinta-feira antes da Páscoa. Quando estas práticas caíram em desuso (do século VIII ao X) o início da temporada penitencial da Quaresma foi simbolizada colocando cinzas nas cabeças de toda a congregação.

Hoje em dia na Igreja, na Quarta-feira de Cinzas, o cristão recebe uma cruz na fronte com as cinzas obtidas da queima das palmas usadas no Domingo de Ramos do ano anterior. Esta tradição da Igreja ficou como um simples serviço em algumas Igrejas protestantes como a anglicana e a luterana. A Igreja Ortodoxa começa a quaresma a partir da segunda-feira anterior e não celebra a Quarta-feira de Cinzas.

Fonte: http://www.catequisar.com.br/
Você ajuda por ser bom ou por querer ser reconhecido?


Não há ninguém mais verdadeiro conosco do que nós mesmos. Comece a se observar para ver quantas surpresas terá. Ao nos analisarmos vamos percebendo o tanto de qualidades que temos e também os pequenos e os grandes vícios que alimentamos. Eu costumo fazer essa experiência e tenho feito grandes descobertas sobre mim mesmo.


Cada vez mais o Espírito Santo me tem levado a me conhecer mais profundamente. É uma graça única conhecermos as nossas qualidades e as nossas limitações para que melhoremos.

Muitas vezes, queremos que as pessoas mudem, implicamos com elas, ficamos olhando para os seus defeitos e até nos irritamos com muitos de nossos irmãos, quando, na verdade, nós é que precisamos mudar.


Geralmente, nós nos achamos muito bons, mas se observarmos as nossas intenções em realizar cada coisa veremos que nem sempre estas serão retas. Sempre há um certo interesse por trás ou o desejo de sermos reconhecidos… De alguma forma, queremos tirar proveito particular das situações e demonstrar que somos perfeitos.


Você já parou para se perguntar se as suas intenções realmente são sinceras e justas?


Muitas vezes, ajudamos alguém, mas a nossa real intenção não é praticar a verdadeira caridade, mas sim, ser reconhecidos e elogiados e até mesmo receber alguma recompensa humana.


Peçamos ao Senhor que purifique as intenções do nosso coração, para que possamos vê-Lo e imitá-Lo.


“Cria para mim um coração puro, ó Deus; enraíza em mim um espírito novo” (Salmo 50, 12).


Jesus, eu confio em Vós!

Fonte: http://www.cancaonova.com/

quarta-feira, 9 de março de 2011

Tome posse das graças de hoje!


Hoje é um novo dia, e precisamos agir de maneira nova também. A cada manhã que desperta, a graça de Deus nos precede e nos acompanha, guiando os nossos passos e conduzindo-nos aos caminhos da paz e do bem.

Peçamos a Jesus, com simplicidade de coração, que nos conduza em todos os momentos de nossa existência, e se em algum momento nos esquecermos d’Ele, deixando-O para trás, que pela infinita misericórdia retornemos para a presença d’Ele.

O nosso conceito de vida é muito limitado e nossa vontade muito débil. Quando aceitamos Jesus como Senhor de nossas vidas, experimentamos, de fato, a vida em plenitude, e a alegria passa ser a nossa companheira inseparável. De forma que descobrimos o verdadeiro Tesouro e tudo ganha um novo sentido e um novo brilho.


“Que o Senhor e nosso Deus nos abençoe, e o respeitem os confins de toda a terra!” (Sl 66)


Fica conosco, Senhor, e ajuda-nos a permanecer no Seu amor.

Jesus, eu confio em Vós!

Fonte: http://www.cancaonova.com/

domingo, 6 de março de 2011

Santa Rosa de Viterbo



A santidade é uma graça que o Espírito Santo quer dar a todos, porém, é Ele que vai no tempo d'Ele manifestando para o mundo este dom dado a quem luta diariamente. Por exemplo, Santa Rosa - que lembramos neste dia - muito cedo começou a externar atitudes extraordinárias de coragem e amor ao Senhor.

Nasceu em Viterbo, no ano de 1233, numa pobre e humilde família; quando tinha apenas três anos conta-se que pela sua oração Jesus reviveu uma tia. Com sete anos, Rosa pegou uma forte doença que acabou sendo um meio para sua vida de consagração, pois Nossa Senhora apareceu a ela, restituindo sua saúde e chamando-a à uma total entrega de vida.

Santa Rosa, antes mesmo de alcançar idade, resolveu livremente vestir um hábito franciscano, já que sua meta era entrar na Ordem de Santa Clara de Assis. Menina cheia do Espírito Santo, não ficou parada diante dos hereges cátaros, que semeavam a rejeição às autoridades.

Com apenas doze anos, era instrumento eficaz nas mãos do Pai Celeste, por isso anunciava o Evangelho e denunciava as artimanhas de satanás. Banida pelo imperador, continuou profetizando. Com o falecimento do imperador, ela voltou como heroína para Viterbo. Mesmo sem ser aceita com dezesseis anos pelas Irmãs Clarissas, Santa Rosa perseverou no caminho da santidade e, aos dezoito anos, foi acometida de uma doença que a levou para a Eterna Morada de Deus.


Santa Rosa de Viterbo, rogai por nós!


sábado, 5 de março de 2011

São João José da Cruz



O santo de hoje nasceu no século XVII, e muito cedo descobriu seu chamado a uma consagração total. Pensou na vida sacerdotal, mas percebeu que muitos buscavam o sacerdócio somente para obter honras e dignidades.


João José discerniu melhor, e descobriu que Deus o queria um religioso. Assim, partiu para a vida eremítica, segundo a Ordem de São Pedro de Alcântara. Ele viveu uma vida de oração profunda, se alimentando e dormindo somente o necessário.


Recebendo a confiança de seus superiores, foi enviado para Piemonte, em Ávila, para começar um novo mosteiro. E de maneira braçal, iniciou a construção. Com sua perseverança, a Providência Divina e a ajuda do povo, construiu o mosteiro.


Recebeu de Deus o dom dos milagres, e muitos o buscavam. João José da Cruz sempre apresentava o Senhor Jesus e levava o povo à oração.

São João José da Cruz, rogai por nós!


sexta-feira, 4 de março de 2011

Aprofundamento do Espírito


Qual é sua missão: Introduzir-nos na comunhão do Filho com o Pai, santificando-nos e fazendo-nos filhos com Jesus.

Fortalecer-nos para a missão de testemunhar e anunciar Jesus ao mundo. Para isso recebemos a plenitude de seus dons bem como a capacidade de proclamar a todos a quem somos enviados o Evangelho de Jesus. O Espírito Santo é o AMOR do Pai e do Filho derramado em nossos corações.O amor é fogo que arde, é chama que aquece e é força que aproxima e une. O milagre das línguas é este: tomados pelo amor de Deus os homens passam a viver uma profunda comunhão e entre eles se estabelece a concórdia e a paz destruída pelo orgulho de Babel, raiz da discórdia e da confusão das línguas.

Guiar a Igreja nos caminhos da história para que ela permaneça fiel ao Senhor e encontre sempre de novo os meios de anunciar eficazmente o Evangelho. E isto o Espírito Santo o faz assistindo os pastores, derramando seus carismas sobre todo o Povo e a todos sustentando na missão de testemunhar o Evangelho. É pelo Espírito Santo que Jesus continua presente e atuante na sua Igreja.

Quem O recebe? Todos os que são batizados e crismados.

Quem dele vive? Somente aqueles que procuram guardar a Palavra do Senhor no esforço de conversão, na oração e no empenho em testemunhar e anunciar o Evangelho de Jesus.

Quem crê no Espírito Santo e procura viver Dele, é feliz. Amém.

Dom Eduardo Benes Bispo diocesano de Lorena/SP


Fonte: http://www.catequisar.com.br/

quinta-feira, 3 de março de 2011

Como o Senhor vos perdoou, fazei assim também vós.


Como podemos viver esta Palavra? Todos nós podemos ter, na vida de cada dia, algum parente, um colega de estudo ou de trabalho, ou algum amigo que nos tenha feito uma injustiça, algum mal sem razão… Talvez nem tenhamos sonhado com a idéia de vingança, mas no coração pode ter ficado um sentimento de rancor, de hostilidade, de amargura ou só de indiferença, que impede um relacionamento autêntico de comunhão.

Então, o que fazer? Já de manhã, levantemo-nos com uma “anistia” completa no coração, com aquele amor que cobre tudo, que sabe acolher o outro assim como ele é, com suas limitações, suas dificuldades, tal como faz a mãe quando o filho erra: sempre desculpa, sempre perdoa, sempre espera nele… Aproximemo-nos de cada pessoa vendo-a com olhos novos, como se ela nunca tivesse caído naqueles erros.

Recomecemos vez por vez, sabendo que Deus não só perdoa, mas esquece: é esta a medida que Ele espera também de nós. Foi o que aconteceu com um amigo nosso de um país em guerra, que presenciou o massacre dos seus pais, do irmão e de vários amigos. O sofrimento o faz afundar na rebelião, a ponto de desejar para os carrascos um castigo tremendo, proporcional à culpa deles. No entanto, a todo o momento lhe vêm à mente as palavras de Jesus sobre a necessidade do perdão; mas lhe parece impossível vivê-las. “Como posso amar os inimigos?” - pergunta-se ele. E precisa de vários meses e de muita oração antes de começar a encontrar um pouco de paz. Mas quando, um ano depois, vem, a saber, que os assassinos não somente são conhecidos por todos, mas circulam livremente pelo país, o rancor volta a martirizar seu coração e ele começa a pensar qual seria sua atitude caso encontrasse aqueles seus “inimigos”. Implora a Deus que aplaque a sua ira e que mais uma vez o torne capaz de perdoar.

Ele mesmo conta: “Ajudado pelo exemplo dos irmãos com os quais procuro viver o Evangelho, compreendo que Deus me pede que eu não alimente aquela idéia absurda, mas que me concentre em amar as pessoas que no momento estão próximas, os colegas, os amigos… No amor concreto para com eles, aos poucos, encontro a força de perdoar de verdade os assassinos da minha família. Hoje eu sinto realmente a paz no coração”.

Chiara Lubich