terça-feira, 20 de setembro de 2011

25º DOMINGO DO TEMPO COMUM

A Palavra de Deus neste domingo nos convida a acolher o Reino de Deus e a sua salvação, como diz Isaías (Is 55,6-9): buscai o Senhor enquanto Ele está perto e é possível encontrá-lo. Entretanto, não poderemos acolher a salvação se compreendermos o Reino de Deus a partir da nossa existência humana, pois Isaías nos revela que o projeto de Deus é diferente dos pensamentos e projetos humanos.

Nesse sentido Jesus nos revela, com a parábola dos trabalhadores da vinha, que o conceito de justiça no Reino de Deus é diferente do conceito de justiça deste mundo. A justiça humana é baseada no mérito, ou seja, o justo e o injusto são definidos a partir do merecimento. Jesus nos propõe a justiça fundamentada na bondade e na generosidade, segundo a qual, todos devem possuir o que é necessário para viver. A justiça do Reino de Deus fundamenta-se na necessidade e não no merecimento. A moeda de prata que todos os trabalhadores receberam, independente do quanto trabalharam, representa o mínimo necessário que o ser humano necessita para viver.

É necessário, porém, distinguir o que é necessidade e o que é desejo. Em nossa sociedade consumista, somos incentivados a desejar muito mais do que realmente necessitamos para viver. O desejo leva ao consumismo e ao acúmulo de bens supérfluos. A moeda de prata não significa a satisfação dos nossos desejos, que podem ser infinitos, mas a garantia do mínimo que um ser humano necessita para viver: comida, água, casa, segurança, saúde, educação. Bens indispensáveis, mas dos quais, milhões de pessoas ainda estão privados, enquanto uma pequena parcela da população vive na opulência de seus desejos.

Também São Paulo nos convida a compreender a vida e a morte em conformidade com o plano de Deus e não segundo os valores humanos. Por isso ele diz: o viver é Cristo e o morrer é lucro (Fl 1,21). Pois, para quem se esforça para viver à altura do Evangelho, viver bem, aproveitar a vida é estar em comunhão com Cristo, e a morte não é o fim desta comunhão, mas a sua plenitude.

 
Fonte: http://www.paroquiasaojudastadeusc.org.br/

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