terça-feira, 16 de agosto de 2011

20° DOMINGO DO TEMPO COMUM

A Palavra de Deus do domingo anterior nos convida a refletir sobre o projeto de Deus de salvar toda a humanidade, sem excluir ninguém.

A comunidade de Mateus era formada por cristãos oriundos do judaísmo. Em seu meio havia a mentalidade de que somente os judeus eram herdeiros da salvação e, consequentemente somente quem era judeu podia acolher a graça de Jesus Cristo. Nessa mentalidade, os pagãos estavam completamente excluídos da salvação. Os profetas do Antigo Testamento, como Isaías, já haviam rompido com esse preconceito, revelando que Deus iria conduzir os estrangeiros para seu monte santo, e que sua casa seria casa de oração para todos os povos.

No encontro com a mulher cananéia, Jesus parte da mentalidade comum na época ao dizer que veio para salvar somente as ovelhas perdidas da casa de Israel. Mas em seguida, ao curar a filha daquela mulher, mostra que a salvação é para todos os que têm fé, rompendo assim com toda barreira que impede que a graça de Deus se manifeste.

Hoje existem barreiras sociais que impedem que muitos tenham uma vida digna: a barreira do conhecimento, que exclui os que não podem estudar; a barreira do dinheiro, que impede que muitos tenham acesso aos bens indispensáveis para viver. Além disso, nós muitas vezes colocamos barreiras para a salvação dos outros, dizendo que alguns podem mudar de vida e outros não tem mais jeito; que uns tem salvação, outros estão perdidos. Nós também colocamos barreiras para a ação de Deus em nossa própria vida. Quais as barreiras mais comuns? A barreira do rancor e da mágoa; a barreira do egoísmo; a barreira da auto-suficiência, do orgulho.

De modo especial os pais são chamados a romper as barreiras que impedem que seus filhos recebam a graça de Deus. Na melhor das intenções, muitos pais bloqueiam a felicidade de seus filhos. E muito mais do que bloquear dizendo NÃO, hoje é comum os pais bloquearem a felicidade de seus filhos porque não são capazes de dizer NÃO. Deixando seus filhos totalmente livres, os pais deixam seus filhos escolher caminhos errados no presente, que conduzirão à infelicidade no futuro.

Fonte: http://www.paroquiasaojudastadeusc.org.br/

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