18° DOMINGO DO TEMPO COMUM
O Evangelho do domingo anterior mostrou-nos que Jesus ensina como superar o problema da fome: o caminho não está no uso do dinheiro, mas na partilha, pois é partilhando o pouco que cada um possui que todos ficarão saciados. A fome impede o florescer da vida, por isso todos nós somos chamados por Jesus: daí-lhes vós mesmos de comer.
Atualmente o problema da fome é escandaloso, pois cerca de um bilhão de pessoas passam fome no mundo, e cinco milhões de crianças morrem de fome por ano, o que equivale a uma criança morta a cada 8 segundos. No Brasil cerca de 15 milhões de pessoas passam fome. Para acabar com a fome no mundo seriam necessários cerca de 30 bilhões de dólares por ano. Esse valor equivale a menos de 10% do orçamento militar dos EUA, que é de 450 bilhões de dólares por ano.
A fome é, antes de tudo, um problema político. É preciso vontade dos governantes para criar políticas econômicas que diminuam as desigualdades sociais e garantam o mínimo necessário para a sobrevivência. A economia neoliberal não aceita que o Estado intervenha no mercado econômico, que deve ser deixado livre. No entanto, vemos que é comum o Estado intervir politicamente na economia, quando é necessário salvaguardar o interesse dos grandes investidores.
Mas cada um de nós pode colaborar, superando os obstáculos espirituais que impedem a partilha. Para vencer a ganância e o medo de que aquilo que partilhamos nos fará falta, devemos colocar nossa confiança em Deus e não em nossos bens. Para superar o egoísmo, que nos faz indiferentes aos famintos, devemos lembrar que somos todos irmãos diante de Deus. E também devemos evitar o julgamento do irmão, dizendo quem merece ou quem não merece nossa solidariedade. Devemos lembrar que a vontade de Deus é que ninguém passe fome, independente de quem seja, pois os bens da criação foram destinados a todos e não somente aqueles que se consideram santos.
Fonte: http://www.paroquiasaojudastadeusc.org.br/
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